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As bagunças do PT de Diadema
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
14/11/2015 | 07:00
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Em meados de agosto, José de Filippi Júnior (PT) deixava o comando da Secretaria de Saúde da Capital para tocar projeto eleitoral em Diadema. O objetivo é fazer o Partido dos Trabalhadores retomar o comando da cidade no pleito do ano que vem. De lá para cá passaram-se dois meses e meio e os petistas ainda batem cabeça no município. Filippi ainda não coloca seu nome como pré-candidato a prefeito porque aguarda os desdobramentos da Operação Lava Jato, em que seu nome foi citado em supostas irregularidades, pois foi tesoureiro nas campanhas presidenciais de Dilma Rousseff (PT) em 2010 e de Lula em 2006. O ex-prefeito Mário Reali, hoje comandante do PT diademense, está descartado. Os vereadores não querem seu nome encabeçando a chapa e, com rejeição interna, ele mesmo já se retirou da disputa. Sem lideranças capazes de satisfazer a ânsia petista, o deputado federal Vicentinho mudou seu domicílio eleitoral de São Bernardo para Diadema para ser opção. Também sofre resistência. Resta, então, a disputa entre dois vereadores: Maninho e Zé Antônio. O primeiro tem apoio de alguns parlamentares e de boa parte da base. O segundo é o predileto de Filippi, que se diz o capitão do grupo e tem influência no partido. Problema é que ele deixou cargo importante na gestão Fernando Haddad (PT) para se dedicar a organizar o partido em seu reduto. Conclusão: está sem visibilidade e o cenário da sua legenda continua indefinido e bagunçado. Joga a favor dos petistas o fato de a administração Lauro Michels (PV) ter dificuldades. A eleição em Diadema promete.

Locomotiva
Presidente estadual do PTB, Campos Machado planeja lançar ano que vem candidato a prefeito ou a vice em 450 das 645 cidades de São Paulo. É um projeto ousado. Objetivo é, ao vislumbrar resultado positivo nas urnas, pavimentar candidatura de Campos a governador em 2018, na sucessão de Geraldo Alckmin (PSDB). Aquela frase tradicional do mandatário petebista – “O PTB vai deixar de ser vagão para ser locomotiva” – começa a ganhar traços de realidade.

Sem rumo
PSB de São Bernardo, que passou a ser presidido pelo vereador Antônio Cabrera, segue indefinido sobre seu posicionamento na eleição de 2016. Há possibilidade de caminhar com o PSDB de Orlando Morando, o PPS de Alex Manente ou lançar candidato ao Paço. Está descartada apenas adesão ao projeto do PT. Curioso é que o partido registrou neste mês filiações de ex-petistas, alguns do grupo do ex-presidente da sigla Wanderlei Salatiel, que continua sem partido.

Mentira de quem?
Causou estranheza a ausência do prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), ontem, em evento no Sindicato dos Metalúrgicos, em que a principal atração foi o ex-presidente Lula (PT). Tarcisio Secoli (PT), porém, marcou presença. O pré-candidato do PT ao Paço são-bernardense inclusive discursou. E não perdeu a oportunidade de atacar a imprensa. Disse que a juventude não pode se deixar enganar pela TV Globo, pela Folha de S.Paulo e pelo Diário. Vale lembrar que o governo que ele faz parte prometeu inúmeros projetos ao eleitor que não saíram do papel, como a usina de lixo, creches no Ferrazópolis, Projeto Drenar, CEU Silvina, Museu do Trabalhador, entre muitos outros. Quem é que está mentindo para a população mesmo?




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