Enquanto Kelly visita Tóquio, os preparativos para a reunião são arrumados para receberem os representantes das duas Coréias, Estados Unidos, China, Japão e Rússia. Segundo altos funcionários sul-coreanos, o encontro poderá ser realizado nos dias 17 e 18 de dezembro em Pequim, onde já foram realizadas as primeiras discussões, em agosto passado. As datas ainda não foram confirmadas.
O secretário americano discutiu nesta segunda-feira a organização da reunião com seu colega japonês, Mitoji Yabunaka, especialista do caso norte-coreano no Ministério das Relações Exteriores. "As discussões foram excelentes. Passamos em revista todos os temas possíveis e imagináveis, mas não tomamos ainda nenhuma decisão. Tudo gira em torno dos preparativos e temas que serão abordados nas negociações a seis", explicou Kelly.
Estas discussões têm como objetivo coordenar as políticas americana e japonesa, já bastante próximas em relação ao assunto da crise norte-coreana. No mês passado, Washington evocou a possibilidade de oferecer por escrito garantias de segurança à Coréia do Norte, com a condição de que renuncie a suas atividades nucleares.
Por sua parte, a capital norte-coreana, Pyongyang, reclama a assinatura de um "tratado de não agressão" com os Estados Unidos, o que Washington recusa. O governo norte-coreano declarou no domingo que está disposto a abandonar seu programa nuclear com a condição de que Washington pare com sua política hostil em relação à Coréia do Norte.
Segundo um especialista japonês, a concessão de Pyongyang prova que os esforços dos diplomatas chineses que buscam levar de novo a Coréia do Norte para a mesa de negociações começam a dar frutos.
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