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Reunião ambiental entre G8 e países emergentes é vista com ceticismo
Da AFP
31/10/2005 | 15:12
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A reunião de ministros da Energia e do Meio Ambiente do G8 (grupo dos 7 países mais ricos do mundo, além da Rússia) e de países emergentes, entre os quais o Brasil, para discutir fontes energéticas limpas, é vista com ceticismo por ambientalistas. Eles acreditam que sem compromissos concretos, o encontro não vai passar de palavras vazias.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que é o presidente rotativo do G8, defendeu a importância da reunião, que começa na noite desta segunda-feira e deve estudar formas de combater mudanças climáticas.

Talvez o principal ponto deste encontro ao nível ministerial entre Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália, Japão e Rússia, além de países emergentes, seja o fato de representar o início de um diálogo entre os países ricos e os do hemisfério sul sobre a relação entre clima e energia.

Esta discussão com países como Brasil, China, Índia, México - que têm importantes necessidades energéticas -, foi um dos compromissos assumidos durante a cúpula de chefes de estado e de governo do G8 em julho passado, celebrada em Gleneagles, na Escócia.

"Devemos compreender que não se pode aceitar nenhuma solução de forma realista sem que Estados Unidos, Rússia, Japão, China e Índia trabalhem juntos", disse o premiê britânico.

Em um artigo publicado na edição de domingo do jornal britânico The Observer, Blair advertiu para os riscos das mudanças climáticas e mostrou-se preocupado com as reservas de energia. Ele colocou este tema como uma das principais prioridades da agenda mundial.

"Sabemos que a mudança climática é uma grande ameaça. E as inquietações sobre as reservas de energia e a alta dos preços do petróleo elevaram a política energética ao topo da agenda", escreveu Blair.

A Grã-Bretanha, que presidirá o G8 até 1º de janeiro, quando será substituída pela Rússia, advertiu ainda que o protocolo de Kyoto, que expira em 2012, fracassou na redução das emissões de gases causadores de efeito estufa.

O chefe do executivo britânico deixou claro que o acordo de Kyoto, que impõe aos países industrializados reduções da emissão de CO2 e outros gases causadores de efeito estufa, só será eficaz quando os Estados Unidos aceitarem seus termos.

"Devemos reconhecer que o protocolo de Kyoto nos leva na boa direção, mas não é suficiente", concluiu Blair.




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