Encontrar aranhas nos quintais das residências da rua Rangel Pestana, no Jardim Cristiane, em Santo André, se tornou rotina. O problema teria começado em 2000, mas desde fevereiro deste ano os moradores têm notado que o aracnídeo tem aparecido com mais freqüência.

A dona de casa Neusa de Paula Alves, 52 anos, matou três aranhas em sua casa no último domingo. “Peguei uma no banheiro, uma embaixo da cama e outra do sofá. As aranhas são grandes e diferentes das que geralmente aparecem em casa”, conta. Neusa diz que levanta todos os dias os móveis e, antes de dormir, sempre olha embaixo da cama como prevenção.

O provável foco de aranhas, segundo os moradores, é um terreno vazio e com mato alto que pertence à Prefeitura. A área faz divisa com o fundo das casas. “Sempre que a Prefeitura corta o mato, diminui um pouco o número de aranhas”, explica o metalúrgico Erlon André Tomiati, 37 anos.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Santo André informou que técnicos da Vigilância Sanitária quarta-feira mesmo avaliariam a situação do local para definir quais ações devem ser realizadas na área. Os moradores contam que em março o mato foi cortado, mas como o ninho das aranhas não foi localizado, a infestação continua.

O metalúrgico Tomiati encontrou uma aranha em seu quintal na última segunda-feira e fez questão de guardá-la em um vidro. “Vou levar ao Departamento de Controle de Zoonoses para saber se é venenosa”, diz.

O técnico Marcos Antônio Villalva, do Instituto Butantã, explica que para evitar a presença de aranhas deve-se cobrir telhas e tijolos, pois se tornam esconderijos. A limpeza da casa também é fundamental, porque baratas e insetos servem de alimento às aranhas. “Não é recomendável jogar veneno. O correto é colocar o animal vivo em um pote com furos e um algodão embebido com água. Depois, deve ser levado até o departamento de controle de zoonoses.”