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Emprego cresce no País puxado pela informalidade
Do Diário do Grande ABC
24/08/2000 | 00:13
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O número de vagas no mercado de trabalho brasileiro cresceu 4,9% de julho de 1999 até o mês passado, mas os postos continuam sendo preenchidos por pessoas sem carteira de trabalho assinada e trabalhadores autônomos. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada nesta quarta pelo IBGE, 796 mil pessoas conseguiram emprego nesse período e, desse total, 560.111 vagas correspondem a trabalhadores informais.

Enquanto o crescimento do número de empregados sem carteira foi de 9,7% e o de autônomos de 3,7%, o número de pessoas com carteira assinada cresceu apenas 2,4%. "O crescimento do número de trabalhadores com carteira assinada pode sinalizar uma pequena mudança na tendência da ocupaçao para o segundo semestre, mas a informalidade continua puxando o crescimento do emprego no Brasil", destacou o economista Lauro Ramos, coordenador de estudos de Mercado de Trabalho do Ipea.

Recuo - Com o crescimento do número de postos de trabalho, o desemprego recuou de 7,5% em julho de 1999 para 7,2% no mês passado, menor índice desde dezembro de 1999, quando a taxa de desemprego ficou em 6,28%. As perspectivas sao de que até dezembro deste ano esse número chegue a 6%, retomando o patamar de dezembro de 1997.

"Há chances de que o desemprego rompa a barreira dos 6% este ano", afirmou Luiz Parreiras, economista do Ipea. Dentre as seis capitais pesquisadas, o Rio de Janeiro registrou menor taxa de desemprego em julho (5,5%), contra 7,5% em Sao Paulo e 6,9% em Porto Alegre. As maiores taxas foram registradas em Recife (8,2%) e em Belo Horizonte (7,6%).

A pesquisa do IBGE verificou também um aumento na renda média do trabalhador ocupado no Brasil, que na comparaçao de junho de 2000 com junho de 1999 cresceu 0,8%. Na comparaçao com maio deste ano, a subida da renda foi ainda maior: 1,9%. O resultado contribuiu para que o semestre fechasse com uma desaceleraçao na queda da renda (-2,14%) em relaçao ao primeiro semestre de 1999. No ano passado, o rendimento médio dos trabalhadores ocupados fechou com queda de 4,06% em relaçao ao primeiro semestre de 1998.




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