O luto não é um processo psicológico que aparece apenas quando uma pessoa morre. Os sentimentos de dor e tristeza também atingem quem passou por situações de perdas, como o fim de um namoro, separação dos pais e no adeus a um animal de estimação.

Perder o pet da família pode ser tão difícil quanto a morte de uma pessoa querida. "Ninguém da minha família morreu, mas acredito que a sensação seja a mesma, porque o bichinho é tratado com muito carinho", diz Vinícius Rodrigues Alves, 17 anos, de São Bernardo. Seu cachorro Shake, da raça lhasa apso, morreu em 2011 por complicações renais. "O veterinário disse que é comum essa raça apresentar esse tipo de problema. Fizemos de tudo para salvá-lo."

O garoto ganhou Shake quando tinha 8 anos. Por ser filho único, o cachorro era praticamente seu irmão. "Ele dormia no meu quarto e viajava com a gente. Era muito brincalhão. Todos gostavam dele." Nos meses seguintes da despedida do seu animalzinho, Vinícius não queria pegar outro cachorro."Ele acompanhou grande parte da minha vida. Não queria ter outro com medo de sofrer novamente. Mas a casa ficou sem vida e acabamos pegando outros dois cães da raça shih-tzu em janeiro. Eles trouxeram a alegria de volta", acredita.