O presidente da Câmara de São Bernardo, Pery Cartola (PSDB), editou outro manual de conduta de servidores após a polêmica com a versão original das normas de atuação e vestimenta aos funcionários da Casa. O tucano retirou praticamente todos os itens que geraram discussão na semana passada.

O texto anterior vedava uso de unhas e batom em cores escuras; proibia roupas decotadas, com rendas ou babados; impedia uso de perfumes com fragrâncias densas; solicitava uso de meias escuras com terno e gravata; e até sugeria o jeito de cumprimentar – com mão firme e três sacudidas compassadas. Embora não tivesse caráter obrigatório e sem punições, a proposta foi extremamente criticada por servidores e frequentadores do Legislativo.

Agora intitulado de recomendações de conduta e respeito ao cidadão, o manual afirma que “orientações sobre atitudes e responsabilidades norteiam o nosso trabalho de servir e se relacionar com demais munícipes, funcionários, poder público, ONGs, entre outros”. As recomendações agora são mais genéricas, embora se atentem para maneiras de se vestir e comportar.

“Cuidado para não exagerar nos acessórios, maquiagens e perfumes” é um dos itens. “Não dê gargalhadas ou fale alto em seu trabalho, você vai atrapalhar seu colega ao lado ou na unidade vizinha”. A única proibição explícita é sobre roupas: “Não é permitido trabalhar com trajes de descontração, bermuda, shorts, regatas, chinelos e camisas de times”.

O texto aponta também para a gramática empregada nos e-mails institucionais. “Palavras devem ser digitadas corretamente e o ‘internetês’ deve ser abolido nas informações comerciais e institucionais”. Entreanto, o manual contém diversas palavras grafadas incorretamente – as referências bibliográficas, por exemplo, são chamadas de referências biográficas.

Outro ponto da cartilha é sobre reuniões. Pery, além de orientar pela pontualidade – principalmente de quem agendou o encontro –, afirma que é necessário que se “sirva água e café para todos os participantes”.