Apesar do anúncio de que os moradores de Santo André atingidos pelas enchentes de 10 e 11 de março – que deixaram dez mortos na região – poderiam realizar os saques das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) a partir da última terça-feira, munícipes que tentaram obter informações junto à Caixa foram orientados a aguardar. Não foi dado prazo para o início do pagamento. A Prefeitura cadastrou 1.300 famílias que têm direito ao benefício.

“Ligamos para saber o que deveria ser feito e a informação que obtivemos é a de a Prefeitura ainda não tinha feito a publicação em Diário Oficial”, reclamou a estudante de pedagogia Caroline Deçordi Tejado, 36 anos, moradora do bairro Santa Terezinha. O dinheiro que pode ser sacado está na conta de seu marido, o metalúrgico Marcelo Arlindo Carvalho, 35. A expectativa da família é a de comprar os móveis que foram danificados pela água e construir comporta.

Questionada, a Caixa informou que “a documentação exigida para liberação do benefício em Santo André foi entregue pelo município na segunda-feira e está em análise”. Já a Prefeitura reiterou que toda a documentação foi entregue.

Segundo o banco, com relação a São Bernardo, o atendimento começou na segunda-feira, sem confirmar os números. De acordo com a instituição, a maioria dos registros foi para prestar orientações aos munícipes. O município foi o primeiro do Grande ABC a conseguir a liberação dos benefícios – 2.988 famílias têm direito.

Os moradores atingidos pela enchente e cadastrados pela Defesa Civil podem sacar até R$ 6.220 das contas do FGTS. Com relação aos outros municípios da região, toda a documentação de São Caetano, Diadema e Ribeirão Pires já foi entregue e as administrações aguardam por parecer do banco liberando os saques. Mauá e Rio Grande da Serra não responderam.