Depois de cumprir a tarefa mais importante do elenco neste início de temporada – com uma vitória na estréia da Copa Libertadores diante do Alianza Lima, no Peru –, o São Paulo retorna ao Brasil e agora só pensa no clássico contra o remendado Corinthians. Cuca terá de mexer os pauzinhos para tirar o excesso de euforia do elenco e, sendo assim, o Tricolor deve sofrer uma ou duas alterações no confronto com o alvinegro.

A alegria contagia não só os jogadores, mas dirigentes e toda comissão técnica. Ninguém ali optou por adotar um discurso mais modesto. Acham mesmo que o time, com alguns ajustes, vai brigar por títulos, como o da Libertadores, principal objetivo para 2004 e um sonho que é perseguido há dez anos.

“A vitória no Peru foi a arrancada para nosso projeto”, disse o presidente Marcelo Portugal Gouvêa. No Campeonato Paulista, o time é líder do Grupo A, com dez pontos conquistados em três vitórias e um empate, e divide a primeira posição de sua chave na Libertadores com a Liga Deportiva Universitária, do Equador. Além disso, ganhou seus últimos quatro jogos, todos eles disputados fora de casa, mantendo a invencibilidade do ano.

Mas nem tudo é perfeito. Quem pensa que a vitória sobre o Alianza vai render bom prêmio aos jogadores está enganado. Ninguém receberá nenhum tostão. O presidente decidiu manter o sistema adotado no Brasileiro do ano passado, quando o elenco passou a receber gratificação por objetivo conquistado. “Não vamos pagar bicho por vitória. Apenas por meta alcançada. Mas ainda não nos reunimos para falar em valores.”

O São Paulo apresenta seu novo uniforme domingo. Foi desenvolvido um modelo parecido com o utilizado na década de 40, com o distintivo estampado na altura do peito.