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Palocci começa a avaliar situação financeira dos Estados
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13/01/2003 | 00:12
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   O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, começa nesta semana a discutir as situações individuais dos Estados que estão em dificuldades financeiras.

Na quarta-feira, ele receberá o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, que defenderá a manutenção de um canal de negociações. “O governo federal precisa permitir um diálogo técnico, até para dar algum fôlego para os governadores que são responsáveis do ponto de vista fiscal”, disse Hartung. “Se não negociar, o dique estoura.”

O governador pretende defender, na conversa com o ministro, que o governo Luiz Inácio Lula da Silva não adote a postura rígida de não dialogar caso a caso com os Estados. “Se ele misturar alhos com bugalhos e fizer um tratamento linear, vai dar o mesmo tratamento a quem quer cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e quem quer destruí-la”, afirmou. “Se isso acontecer, eles podem provocar a união dos governadores, recriar o movimento pela redução das parcelas da dívida.”

Se o diálogo for mantido, Hartung acredita que será possível articular todos os governadores comprometidos com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Nessa frente estaria, por exemplo, o maior devedor da União: São Paulo. O governo paulista Geraldo Alckmin está com suas contas ajustadas e disposto a pagar cada centavo de sua dívida com o Tesouro Nacional.

Hartung explicou que defenderá esse argumento porque quer fazer uma gestão responsável do ponto de vista fiscal, mas herdou uma situação tão crítica que se vê sob risco de ficar sem argumentos para não adotar uma postura mais agressiva como fez, por exemplo, a governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho.

Em crise financeira, o Rio de Janeiro deverá ter retidos nesta segunda-feira R$ 11,2 milhões de suas receitas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), para honrar uma prestação de sua dívida com o Tesouro Nacional que venceu no dia 1º de janeiro, mas que podia ser paga até o dia 10.




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