Os cartões de crédito para os consumidores de maior renda devem movimentar R$ 38,3 bilhões neste ano. Este público detem 10% do total de plásticos em circulação no país e é responsável por 24% do faturamento das empresas de meios eletrônicos de pagamento.

Os dados são resultado de uma pesquisa realizada pela Credicard Itaú, que levantou os hábitos dos clientes da Classe A, classificação utilizada para quem tem renda superior a R$ 2,5 mil por mês e mais de 18 anos, o que equivale a 4% da população brasileira, cerca de 4,9 milhões de pessoas. Na comparação do mês de junho deste ano com junho de 2005, o crescimento foi de 17% no número de cartões e 7% no volume transacionado, que chegou a R$ 3,1 bilhões só no período.

Este público também apresenta um ticket médio 36% maior do que a média do mercado, com um gasto de R$ 122, e utiliza o parcelamento em 41% das compras. No geral, o valor médio de gastos é de R$ 90 e parcelamento de 51%. Na divisão por sexo – dos portadores de plástico com maior renda –, os homens tem 68% dos cartões e movimentaram R$ 2,2 bilhões no mês de junho deste ano. Já as mulheres ficam com 32% dos cartões e gastaram R$ 920 milhões no mesmo período.

Na distribuição de faixa etária dentro do grupo analisado, as pessoas que possuem o plástico e tem entre 35 e 44 anos são responsáveis por 28% dos cartões e 31% do faturamento. No que diz respeito ao ticket médio, os consumidores de idade entre 55 e 64 tem o mais elevado, de R$ 126 por compra. Já os jovens – 18 a 24 anos – são os que utilizam com maior freqüência, porém com valores de compra bem menores, na média de R$ 107.

A região sudeste detém 58% dos cartões para os consumidores de maior renda, movimentando 60% do faturamento. Na análise também foi identificada a concentração de renda no nordeste do país, pois a região tem 8% do número de plásticos do mercado brasileiro e 18% do número de cartões da Classe A.

Os portadores de cartão com maior renda também apresentam uma média bem maior de gastos com o meio de pagamento no exterior. Enquanto a média geral é de 0,8% das compras internacionais, esses clientes têm 5,5% das compras feitas em moeda estrangeira. Em junho deste ano, foram movimentados R$ 107 milhões em consumo fora do país utilizando o plástico, o que representa incremento de 27% em relação ao mesmo mês de 2005. O ticket médio fora do país é de R$ 265.