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Conversão de motores para gás natural cai pela metade em julho
25/08/2005 | 00:16
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O volume de conversões de veículos para o uso de gás natural caiu pela metade em julho, em relação ao registrado no início do ano, conforme dados do IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo). O volume de conversões em julho somou 11.611 automóveis, bem abaixo dos 20,8 mil registrados em março e quase metade dos 22,941 mil de abril.

A queda já vem ocorrendo desde maio, quando o governo anunciou que pretendia retirar alguns incentivos ao uso do gás em veículos, mas o movimento se acentuou após as confusões políticas na Bolívia, com a ameaça ao suprimento do combustível ao Brasil. A decisão da Petrobras de reajustar os preços do gás natural a partir deste mês tende a reduzir um pouco mais a atratividade da conversão.

Pelos dados do IBP, as conversões do mês passado ficaram 24,3% abaixo do computado em julho de 2004, quando somaram 15.351 veículos. No acumulado do ano, porém, os números ainda estão 26,8% acima do registrado em igual período do ano passado, já que o ritmo de conversões se acelerou a partir de setembro. Até então a média oscilava em torno de 15 mil veículos por mês.

A frota brasileira de veículos movidos com base no GNV está em 959.058 unidades. A expectativa do setor, no entanto, era que o número de um milhão de veículos fosse atingido ainda em meados de 2005, mas o provável é que isso ocorra mais para o fim do ano.

Investimentos - A Petrobras divulgou ontem nota reafirmando seu compromisso com o mercado brasileiro de gás natural, em uma tentativa de tranqüilizar o mercado quanto ao abastecimento futuro. Segundo a empresa, o setor receberá investimentos de US$ 6,5 bilhões até 2010 - valor 150% superior ao estimado anteriormente -, além dos recursos destinados pela área de exploração e produção à busca de novas reservas do combustível. A empresa frisa que o novo plano de negócios prevê um crescimento anual de 11% no fornecimento de gás às distribuidoras.

Nos últimos anos, o consumo do combustível vem crescendo a uma média de 20% ao ano, desempenho considerado insustentável pela direção da estatal. A Petrobras estima um crescimento anual de 9% no mercado industrial e de 16% em outros mercados, incluindo o GNV.




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