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Paço de Mauá terá de explicar elo da Caruana com o grupo Suzantur
Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
27/09/2019 | 06:57
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André Henriques/DGABC


A Câmara de Mauá aprovou requerimento formulado pelo vereador Adelto Cachorrão (Avante), que busca apurar a relação do banco Caruana com a Suzantur, exploradora exclusiva do transporte coletivo da cidade.

Na semana passada, o Diário mostrou que o grupo Suzantur, chefiado por Claudinei Brogliato, opera as linhas de ônibus municipais e também o sistema de bilhetagem eletrônico. Além disso, firmou parceria com a Caruana para fazer a gestão financeira dos cartões, liberando, inclusive, serviço de crédito no cartão SIM. A Caruana é comandada por José Garcia Netto, o Netinho, irmão do ex-dono da Suzantur, o empresário Angelo Roque Garcia.

Cachorrão confeccionou seis perguntas à gestão de Atila Jacomussi (PSB). O parlamentar busca saber o volume de dívida que a empresa tem com a municipalidade e também se a administração tem conhecimento da relação comercial da Caruana com a Suzantur.

O vereador também pede explicações sobre o episódio que originou a chegada da Suzantur à cidade, ainda em 2013. Há seis anos, no governo do ex-prefeito Donisete Braga (ex-PT, atual Pros), as empresas Cidade de Mauá e Leblon, que dividiam o transporte coletivo municipal, tiveram contratos rompidos por suspeita de invasão no sistema de bilhetagem eletrônico, então operado pela PK9.

“Como se explica o fato de o grupo Bus Fácil, que pertence ao grupo Suzantur, ser o operador da bilhetagem tendo em vista que as empresa Leblon e Cidade de Mauá foram descredenciadas justamente por serem acusadas de invadir o sistema de bilhetagem, e agora um único grupo controla tanto a bilhetagem quanto transporte?”, indaga.
O documento foi aprovado na sessão de quarta-feira pelos vereadores. Atila tem um mês para encaminhar as respostas às perguntas formuladas.

“A Prefeitura tem que revelar qual tipo de parceria tem com a Suzantur. Ao meu ver, a situação (da parceria) é ilegal. É por isso que elaborei requerimento com os questionamentos”, alegou Cachorrão. Para o vereador, que engrossa a lista da oposição, o requerimento pode coletar informações cruciais para a efetivação da CPI da Suzantur, que já é defendida por alguns vereadores na casa.

“Até o momento, seis vereadores estão dispostos a assinar o pedido de CPI. Sei que há pelo menos mais dois (parlamentares) da base de sustentação que têm interesse de aderir”, declarou.
Regimento interno da casa determina que instauração de CPI requer assinatura de ao menos oito parlamentares.

“Na próxima sessão, tenho certeza que conseguiremos essas assinaturas e sei que o requerimento que protocolei poderá impactar na obtenção deste apoio”, disse Cachorrão, que se baseou em reportagens do Diário no documento. 




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