Automóveis Titulo Mais vantajoso
Com etanol, rendimento pode chegar a 75%
Flávia Kurotori
Especial para o Diário
13/10/2017 | 07:45
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Além de emitir menos gás carbônico ao meio ambiente, o etanol pode ter rendimento maior do que a gasolina. Segundo estudo realizado pelo IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), com o apoio da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), o rendimento de um veículo com o biocombustível oscila entre 70,7% e 75,4%, com média de 72%. No entanto, dados do Pbev (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular) geridos pelo Inmetro, consideram que este valor é de apenas 70%.

Dentre as diferenças dos levantamentos, o combustível é uma delas. Renato Romio, chefe da divisão de motores e veículos do IMT, explica que o Inmetro utiliza a gasolina E22 – que contem 22% de etanol anidro – e o instituto utilizou a gasolina E27 – com 27% de etanol anidro. “Nos postos de combustíveis, a gasolina comum que compramos é a 27%”, afirma.

O Pbev opta pela E22 porque os veículos importados não têm o motor adaptado para receber doses maiores do renovável, além de levar em conta apenas o valor colorífico do mesmo. Já a análise do IMT considera o perfil do condutor (velocidade média e troca de marchas), as condições do percurso (urbano ou rodoviário) e o carro (modelo e evolução técnica do motor flex).

Considerando quatro modelos de veículos (Fiat Uno 1.0, Hyundai HB20 1.6, Renault Duster 2.0 e Toyota Corolla 1.8), foram percorridos 27 quilôemtros de trecho urbano e 30 quilômetros em rodovias. Na área da cidade, destaca-se o Corolla, que apresentou rendimento de 73,3%. Já nas estradas, o HB20 teve desempenho de 75,4%. “A pessoa pode ter um consumo melhor com o etanol do que imagina”, observa Romio.

Para o consumidor que deseja calcular qual combustível vale a pena na hora de abastecer, basta multiplicar o custo do litro da gasolina por 72% (média de rendimento). O resultado é o preço máximo que o álcool deverá custar para ser mais vantajoso. Assumindo a média de valor apurada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) em setembro, quando o derivado do petróleo custava R$ 3,66 e o etanol R$ 2,51, o biocombustível traria o maior benefício, uma vez que o total do cálculo é de R$ 2,63 – R$ 0,12 acima.

Já quem deseja reproduzir o teste com o próprio veículo, Romio sugere o abastecimento com o mesmo combustível três vezes para garantir que ele estará puro no tanque. “A pessoa enche duas vezes e faz as medições na terceira. É preciso anotar a quilometragem e quantos litros constam na bomba”, explica. Vale ressaltar que é necessário padronizar o trajeto no período da apuração. Ao partir para o segundo combustível, o processo deve ser repetido.




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