Sensores de ponto cego, permanência em faixa e colisão, assistente de estacionamento, revestimento interno em couro, teto solar elétrico, partida do motor (turbo) por meio de botão. E tudo isso num carro de linhas ousadas e que ostenta rodas de 17 polegadas com pintura em cinza escuro. Não! Não se trata de nenhum carro premium. Acredite, estamos falando do Chevrolet Cruze Sport6.

Aliás, seu preço, de R$ 103.990, de fato, encosta em modelos de segmentos superiores (um Audi A3 Sedan, por exemplo, parte de R$ 115 mil). Mas nada que esteja fora da faixa, afinal, quando bem equipado (em alguns casos, com opcionais), os adversários diretos – leia-se Ford Focus, Peugeot 307 e VW Golf – rondam o mesmo montante.

Quando lançado, em dezembro, a meta do Sport6 era ultrapassar os rivais em vendas (na geração anterior, não passava da terceira colocação). E assim foi. Hoje vende quase o dobro do segundo colocado. E motivos não faltam. Tanto por dentro quanto por fora, é inegável o salto em qualidade. E, na mecânica, não é diferente. O 1.8 aspirado do modelo antigo foi deixado de lado e, no lugar, entrou o 1.4 turbo de 153 cv.

E o downsizing casou perfeitamente com o hatch. Ao volante, o (bom) torque de 24,5 mkgf a 2.000 rpm faz a diferença. O câmbio ainda é o calcanhar de Aquiles do carro. Tem seis marchas, é automático, mas poderia ser mais preciso. Muitas vezes não acompanha a esperteza do motor. Ainda com o tal retardo nas trocas, o consumo não fica comprometido. Durante a avaliação do Diário, o veículo emplacou cerca de 12 km/l em ambiente misto (cidade/estrada) quando abastecido com gasolina.

Verdade seja dita, o silêncio surpreende, assim como o trabalho do conjunto de suspensões, que é confortável, porém, sem abrir mão da rigidez requerida pelos amantes dos hatches médios.