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Disputa política na igreja do Rudge
Por Beto Silva
27/07/2016 | 07:00
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Há uma verdadeira disputa política dentro da Paróquia São João Batista, no Rudge Ramos, em São Bernardo. O local é cobiçado por candidatos por absorver muitos fiéis e pela força das atividades religiosas, pois muita gente da comunidade participa. Um oásis de eleitores, portanto. A disputa da vez está sendo pelo comando da coordenação de eventos do templo. Assumir esse posto pode render algumas dezenas, quiçá centenas, de votos junto aos católicos que ali frequentam. Na prática, estão aparelhando politicamente a igreja! É claro que há quem trabalha em prol da comunidade, mas o que estão querendo fazer com a Paróquia São João Batista está passando dos limites. Beira o sacrilégio, o profano. Trata-se de lugar sagrado, que fica diminuído diante de tamanha falta de respeito. Entre os voluntários, não se fala de outro assunto. E, agora, quem deve colocar ordem na casa é o bispo da Diocese de Santo André, dom Pedro Cipollini, líder católico da região. Logo ele, que incentiva posicionamentos políticos e cobra autoridades com frequência. Mas há ressalvas para que esse tipo de disputa que ocorre em São Bernardo não seja suja, como parece. Não se pode, por exemplo, colocar o nome do candidato à frente da religião. Em sua coluna neste Diário, na segunda-feira, ele disse com todas as letras: “A Igreja Católica não tem partidos nem candidatos próprios, respeitamos a consciência de cada um par escolher. A democracia começa por aí”. E completou: “O cristão na política deve agir a partir da fé em Deus que o leva a trabalhar pelo bem comum, não pelos interesses pessoais ou de grupos”. Vale um sermão para esse pessoal que tem exagerado ao transformar os projetos da igreja em guerra política. Não precisa ser um anacoreta e viver isolado, afastado da sociedade, mas a concorrência por espaço dentro do templo tem feito mais mal do que bem.

BASTIDORES

É no bar!
As convenções partidárias estão a todo vapor no Grande ABC. Seguem até dia 5 para oficializar as candidaturas a prefeito e vereador. São realizadas, geralmente, em clubes, escolas, bufês e Câmaras. Mas o prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB), resolveu inovar outra vez. Depois de inaugurar calçada e ponto de ônibus, a convenção que o colocará de vez na disputa pela reeleição será feita em um bar. As línguas ferinas dizem que os apoiadores sairão embriagados. Mas não pelos produtos do estabelecimento e sim pelo discurso do chefe do Executivo. Ressalte-se que o peemedebista já alterou a data três vezes e o local, duas.

Briga pela vice
O vereador Ricardinho da Enfermagem (PTB) é o mais novo nome na lista de disputa pela vice do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT). O também parlamentar Betão (PTB) está com as contas da Câmara de 2008 rejeitadas pelo TCE e deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Ricardinho, porém, não é o parceiro dos sonhos dos petistas. “Mas para quem engoliria o Betão, Ricardinho desce como água”, diz um cacique do PT.

Segredo
Existem muitas pesquisas eleitorais registradas no Grande ABC que não estão sendo divulgadas. Estão escondendo o jogo para evitar ataques aos líderes ou as expectativas de algumas candidaturas estão aquém e, por isso, é melhor guardar os números a sete chaves?

Estamos de olho
Não esquecemos! Cadê o ‘mapa das enchentes’, prefeitos? Custou R$ 1,5 milhão, pagos pelo Consórcio Intermunicipal, e o estudo até agora, depois de um ano de trabalho, não está completo. E não vamos esquecer! 




Comentários

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