Política Titulo Sem reajuste
Servidores de Diadema decidem cruzar os braços por meio período

Em assembleia na sede do Sindema, funcionalismo adere à paralisação parcial no dia 10

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
27/11/2015 | 07:00
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Os servidores de Diadema decidiram ontem que vão cruzar os braços por meio período no dia 10. Em assembleia no Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema), o funcionalismo votou pela paralisação parcial dos trabalhos, a partir da hora do almoço, pelo não pagamento da segunda fração do reajuste de 7,89% nos salários.

Os servidores chegaram a cogitar parar os trabalhos durante todo o expediente, mas voltaram atrás com receio de que a paralisação pudesse não ser aderida em massa pela categoria. O funcionalismo reclama que Lauro não cumpriu o acordo, celebrado em abril e que sentenciou o fim da greve que durou 13 dias. Alegando queda na arrecadação e que está próximo do limite de 54% de gastos com pessoal estipulado pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), Lauro não depositou as duas primeiras parcelas de 1,39% (julho e novembro), acordadas com o sindicato. O Sindema, porém, sustenta que dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado) mostram que as despesas do governo com a folha de pagamento são de 50,70% e que há condições para oferecer o reajuste.

Lauro se comprometeu a pagar os 7,89% de aumento ao funcionalismo, sendo 3,49% pagos em três vezes: 1% em abril e o restante em setembro e em dezembro. A reposição dos 4,42% restantes foi condicionada à melhoria na receita e seria quitada também em três parcelas de 1,39% (julho, novembro e dezembro). O verde já anunciou que não pagará essa segunda fração porque a arrecadação, segundo ele, não registrou melhora.

O presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno, declarou que a entidade entrará na Justiça para que o governo cumpra a lei municipal aprovada em abril durante o acordo. “Na legislação está claro que, se a Prefeitura não atingiu o limite da LRF, tem de aplicar a diferença como reajuste”, destacou.

Lauro reafirmou que o Paço está à beira de estourar o limite da LRF e voltou a classificar a posição do Sindema como “política”. O verde avisou que descontará as horas dos servidores que aderirem à paralisação. “Não sei em que País que o Sindema está vivendo. Aliás, eu sei. É o do PT, porque são todos filiados a esse partido. Estão vendo que estamos fazendo obras, estamos tendo avanços e precisam fazer algo para conturbar nosso governo”, disparou o prefeito. 




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