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Briga entre amigos acaba com 1 morto em Ribeirão
Por Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
28/02/2006 | 08:34
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Uma discussão entre velhos amigos de bar acabou em tiros e morte domingo em um estabelecimento na rua Rio Grande do Sul, na Vila Belmiro, bairro de classe média de Ribeirão Pires. O aposentado Valdemar Vicente Costa, de 75 anos, foi atingido na testa e teve morte cerebral atestada segunda-feira no Hospital Nardini, em Mauá, segundo a família. Outros dois amigos que bebiam com o aposentado e o acusado também foram baleados e já receberam alta.   Conhecido há pelo menos 25 anos pelas vítimas, o mecânico Geraldo Crisolano Coelho, 41 anos, o Mangueirão, é apontado pelos feridos e vizinhos como autor dos disparos. A discussão teve início durante uma partida de sinuca, na qual estava apostada uma garrafa de cerveja.

Cinco pessoas estavam no Bar do Tato no momento do crime. Um deles é Adilson, filho do proprietário do estabelecimento. Os outros são amigos. Com exceção de Adilson, todos estavam bêbados, segundo afirmam vizinhos e parentes das vítimas. O alinhador de automóveis Arnaldo Romero, 59 anos, e o pintor Valdenildo Claudino da Silva, 37, conhecido como Nide, faziam a partida de sinuca e começaram a discutir por causa de uma tacada duvidosa. Mangueirão, o acusado do crime, quis entrar na briga e foi ofendido pelos amigos. Nide e Arnaldo disseram para ele “não se meter”.

Seguiu-se, então, um bate-boca exaltado entre Nide e Mangueirão. Tanto Adilson, filho do proprietário do bar, quanto Arnaldo não souberam dizer à reportagem o teor das ofensas. Nide foi encontrado pela Diário e não quis contar sua versão.

Mangueirão saiu do bar nervoso. Foi para casa e, segundo as testemunhas, voltou ao Bar do Tato com um revólver calibre 38. Atirou em todos que viu pela frente. Adilson conseguiu fugir correndo, sem ser atingido. Nide levou um tiro no pescoço. Arnaldo foi baleado no braço e, de raspão, no abdômen. O aposentado Valdemar Vicente Costa, 75 anos, foi atingido na cabeça quando já estava fora do bar. Ele foi encontrado caído na sarjeta, com as costas na rua e as pernas na calçada.

Adilson, filho do dono do bar, e parentes de Valdemar dizem que ele apenas tentou separar a briga que antecedeu o crime. Após o episódio, Mangueirão abandonou sua casa e ainda não foi encontrado pela polícia. A investigação, pela Delegacia de Ribeirão Pires, só deve começar nesta quarta-feira em razão do feriado.

O bairro em que ocorreu o crime é tranqüilo, rodeado por casas com bom acabamento e fachada de boa aparência. De acordo com uma vizinha do Bar do Tato, os quatro amigos bebem e brigam “quase todos os dias”, e costumam jogar sinuca. “Começam a beber de manhãzinha e continuam até a hora que agüentam”, disse a vizinha. Arnaldo afirmou conhecer Mangueirão há cerca de 25 anos.




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