Economia Titulo Veículos
Nissan terá dez lançamentos até 2016

Montadora de origem japonesa aposta
em novidades para fisgar consumidor

Por Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
29/10/2011 | 07:05
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Ao contrário de algumas décadas atrás, quando o Brasil contava apenas com quatro fabricantes de automóveis e um portfólio restrito de modelos, nos últimos anos, várias montadoras estão investindo fortemente no País, que já conta com 35 marcas. Isso se deve à visibilidade que a economia local vem conquistando lá fora e, por ser um dos centros de investimento mais interessantes do mundo, muitas empresas querem se estabalecer no País.

Dentro deste contexto de crescimento e, consequentemente, maior variedade de produtos, o consumidor acaba comprando mais - e exigindo produtos melhores. E no mercado automobilístico não poderia ser diferente. De olho numa fatia desse bolo - que chegará a 3,5 milhões de unidades emplacadas até o fim do ano - a Nissan está com uma nova estratégia de marketing e quer deixar de ser vista como marca de nicho, entrando em segmentos com maior volume de vendas. O primeiro passo foi a entrada no mercado dos compactos populares, com o March.

"Estamos com três ações básicas. A primeira é lançar e consolidar modelos compactos, a segunda é aumentar o número de revendas em 5% (de 117 para 239 até 2014) e a terceira é produzir localmente os modelos da marca", afirmou ao Diário o diretor de marketing da Nissan do Brasil, Murilo Moreno.

"Teremos dez lançamentos até 2016 (contando também com reestilizações) para aumentar a competitividade e antecipar a meta de 5% de participação no Brasil para 2014", explicou. Hoje, a participação da marca é de cerca de 2% do mercado total. Em 2010, o market share era de 0,8%.

NÚMEROS - De acordo com o anúncio de Carlos Ghosn, CEO da Aliança Renault-Nissan, no início do mês, a nova fábrica brasileira da Nissan será instalada em 2014 na cidade de Resende, Rio de Janeiro, onde serão investidos R$ 2,6 bilhões e criados 2.000 empregos.

De lá sairá o compacto March, modelo recém-lançado no País, derivado da nova plataforma V (de versátil). "Serão produzidos, em média, 200 mil carros por ano", afirmou Moreno. Vale lembrar que a fabricação da picape Frontier e da família Livina (Livina, Grand Livina e X-Gear), continuará concentrada na fábrica da marca em São José dos Pinhais (PR), de onde saem 59 mil veículos por ano.

Quanto ao novo sedã Versa - que chega às revendas da marca em duas semanas e divide plataforma com o March - ainda não está decidido se poderá ser produzido no Brasil (por enquanto ambos vêm do México). Segundo o executivo, "acreditamos na aceitação do modelo no Brasil, mas precisamos analisar o que será financeiramente melhor."

NOVO MODELO? - Rumores apontam que um SUV poderá ser a próxima aposta da marca e, a exemplo da Renault, brigar com o Ford EcoSport pelo topo de um dos segmentos mais rentáveis do País. Questionado sobre o tema, Moreno desconversa: "Nem eu sei o que está por vir", brincou.

 

Marca amplia cobertura do mercado total

De acordo com Ana Serra, diretora de produto da Nissan do Brasil, com a entrada do March e do Versa no portfólio da Nissan, a marca passa de 23% para 83% de cobertura total do mercado."

Mas o fato é que, hoje em dia, as montadoras instaladas no País têm consciência de que carro é sinônimo de investimento. Por isso, estão seguindo a tendência de focar também no pós-vendas. A Nissan, por exemplo, aposta no slogan Fácil de comprar, fácil de manter. Além de oferecer três anos de garantia sem limite de quilometragem e dois anos de assistência técnica 24 horas gratuita, a marca aposta nas revisões com preço fechado. De acordo com a montadora, até os 60 mil quilômetros, o proprietário de um Versa desembolsará R$ 1.744 na realização das revisões obrigatórias. (a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses).

O diretor de marketing da Nissan, Murilo Moreno, acredita num mix de vendas de 40% para a versão intermediária SV, e os 60% restantes divididos igualmente entre a versão de entrada S e a topo de linha SL.




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