O alternador é um daqueles equipamentos que nem todos os proprietários de automóveis conhecem, mas que têm um papel muito importante para o bom funcionamento do veículo.

A peça é um gerador de eletricidade que tem como função principal carregar a bateria, fornecer energia para alimentar os componentes elétricos e eletrônicos do veículo, além de poupar a energia armazenada da bateria quando o veículo está em funcionamento.

Nos modelos mais modernos, o alternador fornece informações para o módulo eletrônico e para o conta-giros. Assim, o perfeito funcionamento dele é muito importante e existem cuidados que podem ser tomados para sua conservação e para aumentar sua durabilidade.

Segundo Maurício Gayubas, gerente de Aftermarket para a América Latina da Remy Automotive, fabricante de alternadores, é preciso estar atento à capacidade do componente e aos equipamentos instalados como acessórios. O componente é projetado para suprir de energia elétrica o veículo e seus equipamentos. Incluir mais acessórios do que a capacidade do alternador pode fazer o componente trabalhar acima de seu limite.

“Normalmente as pessoas compram um carro popular que tem um alternador projetado para um veículo que sai de fábrica sem ar-condicionado, vidros elétricos ou equipamento de som. Se o proprietário decidir instalar todos esses itens, deve ir a um auto-elétrico para verificar qual a amperagem necessária ao alternador para suprir o circuito elétrico”, alerta.

Gayubas esclarece que não adianta colocar uma bateria de amperagem maior e não substituir o alternador. “Isso só vai fazer com que a bateria demore um pouco mais para descarregar.”

Alguns problemas que podem surgir são aumento no tempo de carga da bateria e comprometimento do fornecimento de energia elétrica ao veículo, além de provocar desgaste prematuro do alternador.

Cuidados - O executivo dá outras dicas para a conservação da peça. A correia, por exemplo, não deve estar descascada. Se estiver, é necessário trocá-la. Ela também não deve estar muito esticada nem muito frouxa, senão estoura ou patina. O mecânico deve ajustá-la em torno de 2,5 cm usando um esticador fixado ao alternador.

A polia não pode ter trincas e nem deve estar descascada. Se estiver, é preciso trocá-la.

O alternador deve estar bem preso ao esticador. Se não estiver, deve-se apertar os parafusos de fixação. Os terminais (plugues) devem estar bem presos. Se isso não ocorrer, eles devem ser apertados ou trocados, seguindo as medidas do fabricante do alternador.

As buchas dos mancais (tampas) não devem estar desgastadas, pois há risco de vibração e quebra. Os equipamentos danificados devem ser trocados.

Nos alternadores com ventilador externo, deve-se verificar o estado do equipamento e seu alinhamento com a tampa e a polia. Se estiver danificado ou desalinhado, deve ser trocado.