Em mais uma ação para tentar assegurar a reeleição no dia 28, o prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), fez campanha ontem no Centro, no horário do almoço, e no Jardim ABC, divisa com São Bernardo, após o expediente no Paço.

Acompanhado nas duas atividades pelo prefeito reeleito da cidade vizinha, Luiz Marinho (PT), Reali foi abordado por eleitores sobre a instalação de catracas nos terminais Diadema e Piraporinha, indício de que o fim da integração gratuita acabará logo.

"Uma moça disse que não votaria em mim porque eu coloquei a catraca (no terminal). Isso é mentira, fraude eleitoral. Quem instalou as catracas não foi o prefeito", justificou Reali.

O imbróglio envolvendo a Prefeitura e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) começou em outubro, quando a empresa ligada ao governo do Estado anunciou fim da integração de graça.

A situação foi parar na Justiça, que determinou a cobrança de R$ 1 adicional por baldeação.

No entanto, o governo estadual garantiu que a cobrança adicional será efetivada somente após outubro, depois das eleições, para não beneficiar ou atrapalhar os prefeituráveis.

O prefeito também teve dor de cabeça para se explicar sobre comentário que estaria sendo espalhado na cidade de que a Prefeitura autorizou a realização da "feira da madrugada" no Centro Cultural Okinawa, no dia 12, medida que prejudicaria os comerciantes do Shopping Popular.

A feira seria realizada por comerciantes da região do Brás, na Capital, mas a Prefeitura vetou a iniciativa, alegando que os comerciantes não apresentaram a documentação necessária.

"É uma maneira obscura de fazer o debate político, cultuando mentira para provocar dúvida entre os eleitores. Isso não é saudável", disparou o petista.

Disposto a recuperar os votos perdidos no primeiro turno para o adversário Lauro Michels (PV), Reali disse que está mantendo o ritmo da campanha, sem preocupação com o verde. "Ele (Michels) concentrou essa ação mentirosa aqui. Foi onde colou mais", considerou.

Para Reali, o debate eleitoral deve ser pautado em propostas e não em ataques do adversário.

Luiz Marinho vive dia de cabo eleitoral em Diadema

Após assegurar a reeleição no primeiro turno, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), está mantendo o ritmo de campanha, fazendo corpo a corpo com os aliados do Grande ABC que disputam o segundo turno.

Marinho esteve por duas vezes em Diadema ontem, pedindo voto para o prefeito Mário Reali (PT), que não conseguiu vencer na primeira fase do pleito, como era esperado pelo partido.

Na região central de Diadema, Marinho se sentiu "em casa", cumprimentando eleitores e recebendo elogios pela vitória conquistada na cidade vizinha.

O petista conversou pacientemente com populares que argumentavam em votar nulo ou em Lauro Michels (PV), até conseguir a adesão para o aliado.

Nos bastidores comenta-se que o alto comando petista declaorou a eleição de Diadema como uma das prioridades, mediante a possibilidade de derrota para a oposição.

"Todas as cidades que estão no segundo turno terão atenção especial. Já estive em Santo André e colaborei para ajustar a agenda do (ex-presidente) Lula aqui, em Mauá e Santo André", alegou Marinho.

O prefeito alertou os diademenses a não "trocar o certo pelo duvidoso", e assim como Mário Reali atacou os boatos que estariam sendo lançados na cidade.

"Temos que desmontar a fofoca. O projeto do Mário é de continuidade e bate de frente com uma aventura."

A comitiva são-bernardense em Diadema continua hoje. O secretário de Governo, Maurício Soares (PT), participa de carreata com o vice na chapa de Reali, Gilson Menezes(PSB).