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Em Rio Grande da Serra, vida de dona de casa muda para melhor

Alvarina Almeida, 62 anos, teve diagnóstico negativo para câncer de mama, voltou ao trabalho com produção e venda de tortas e doces, aumentou renda e agora sonha com imóvel próprio

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
01/01/2018 | 07:00
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 A vida da dona de casa Alvarina de Fátima Eusébio de Almeida, 62 anos, moradora da Vila Santo Antônio, em Rio Grande da Serra, mudou para melhor ao longo de 2017. Além do diagnóstico negativo para câncer de mama, o que a afligia desde que um caroço foi detectado, em junho de 2016, ela mudou para uma residência melhor. Resultado do esforço para voltar a trabalhar na produção e venda de doces e tortas para complementar a renda de R$ 937, que recebe de pensão. Para 2018, o sonho é finalmente conseguir a casa própria para se livrar do aluguel, de R$ 550 mensais.

Na visita que a equipe do Diário realizou à dona de casa em dezembro de 2016, a situação era bastante difícil. A vida era norteada pela constante preocupação em descobrir se o caroço de aproximadamente quatro centímetros, no seio esquerdo, era câncer. “Voltei ao médico duas vezes ano passado e não era tumor. Fiquei tão agradecida, que a conclusão a qual cheguei foi que Deus que tirou o câncer. Ainda tenho alguns retornos para fazer, mas estou confiante”, afirma.

Além das novidades relacionadas à saúde, Alvarina se mostra feliz com a mudança de casa. Antes, morava em terreno com situação indefinida, onde trabalhava como caseira havia cerca de 40 anos. Porém, com a morte do proprietário, a área seria dividida entre os filhos. O local tinha esgoto a céu aberto, o que, segundo ela, permanece.

Alvarina se mudou para a mesma rua, em uma casa ao lado da filha. Antes, eram apenas três cômodos, mas agora são quatro – ela mora sozinha. “Digo que é temporário aqui, porque moro em algo que não é meu, mas gosto muito. É no mesmo quintal (da filha) e consigo cuidar dos meus quatro netos, que enchem a minha casa de alegria”, diz ela, que também adotou um cachorro para atender a um pedido dos pequenos.

Com o otimismo causado pela resposta ao problema de saúde e para complementar a renda, já que agora paga aluguel, também recuperou a vontade de trabalhar. Cozinheira de mão cheia, ela prepara tortas e bolos por encomenda e vende na porta de fábricas das proximidades. Trabalho que lhe rende cerca de R$ 200 a mais por mês. Os salgados também são sucesso na vizinhança e entre os netos.

Para o ano que começa hoje, espera finalmente conseguir construir uma casa própria, que será a primeira de sua vida. Isso porque, em conversa com os filhos do antigo proprietário, eles sugeriram a doação de um terreno no bairro, como recompensa pelos serviços prestados durante anos como caseira.

“Acho que vai dar certo e, de qualquer forma, já estou juntando o meu dinheiro para comprar o material de construção. O ano que acaba foi maravilhoso, mas tenho fé que 2018 vai ser melhor ainda”, acredita.

 

 




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