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Inflação fraca na China abre caminho para relaxamento monetário, dizem analistas
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10/11/2015 | 04:47
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A última rodada de dados fracos da inflação da China evidencia a pressão sobre Pequim para continuar relaxando sua política monetária e permitir que o yuan se desvalorize ainda mais, segundo analistas.

Números divulgados no fim da noite de ontem, referentes a outubro, mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) chinês teve alta anual de 1,3%, ante previsão de aumento de 1,4%, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) registrou queda anual de 5,9%, maior do que o declínio previsto de 5,8%.

Segundo Bill Adams, economista do PNC Financial Services Group, os preços baixos do petróleo e de outras commodities globais estão contendo a inflação na China, ao mesmo tempo em que a fraca demanda doméstica previne pressões de custo internas. Além disso, Adams pondera que a perda de participação do setor exportador impede que os fabricantes de bens de consumo elevem os preços.

"Como a demanda doméstica e externa provavelmente continuará contida, esperamos que o banco central da China continue a ver espaço para relaxar a política monetária nos próximos meses", disse Adams.

Para economistas da ANZ, as leituras de preços de outubro refletem a intensificação de pressões deflacionárias. "Como o ciclo dos preços da carne de porco parece ter atingido o ápice e os ganhos de preços estão diminuindo, é improvável que o CPI veja uma alta substancial no futuro próximo", avaliam. Em outubro, os custos da carne de porco na China subiram 15,8% ante um ano antes, depois de avançarem 17,4% em setembro.

"O CPI de hoje abre ainda mais a porta para que o PBoC (o BC chinês) relaxe mais a política monetária, por meio de cortes nos compulsórios e nas taxas de juros", afirma a ANZ.

Na visão de Yan Ling, economista da China Merchants Securities, o CPI chinês deve ganhar força nos próximos meses, mas uma ligeira recuperação dos preços não será impedimento para o PBoC manter a trajetória de relaxamento monetário. Yan prevê uma nova redução dos compulsórios ainda este ano, mas acha improvável que ocorra um novo corte nos juros antes de 2016. Com informações da Dow Jones Newswires.




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