Economia Titulo Combustível
Preço da gasolina
sobe 3,8% na maioria
dos postos da região

Na região, aumento foi menor do que previam governo e
especialistas; o anúncio foi feito pela Petrobras na terça

Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
02/02/2013 | 06:59
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O repasse do reajuste da gasolina foi menor do que o governo esperava na região. Conforme levantamento da equipe do Diário, em paralelo com informações da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a alta média nos preços foi de 3,8%, contra 4,4% como estimou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na quarta-feira. Por outro lado, alguns estabelecimentos elevaram também o preço do litro de etanol em até 11%, apesar do produto não ter tido ajustes nas distribuidoras.

Na terça-feira, a Petrobras anunciou o aumento da gasolina em 6,6%. Porém, como o produto chega aos consumidores com 20% de etanol, o ministro e outros especialistas previam que o combustível teria inflação entre 4% e 5% na bomba.

O levantamento, realizado ontem, considerou os preços de 53 postos espalhados nas principais vias de Santo André, São Caetano, São Bernardo, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. Dentre esse grupo, 21 estavam listados na pesquisa da ANP, referente ao período entre os dias 20 e 26, nos quais foi possível verificar a variação. A agência publicará o resultado desta semana na segunda-feira. "Aumentamos a gasolina, mas não tive elevação nos preços de compra do etanol na distribuidora", disse o proprietário de quatro postos na região Eugênio Bianchi.

Segundo o presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do ABC), Wagner de Souza, as quatro maiores distribuidoras que fornecem para a região elevaram o valor da gasolina em R$ 0,12. "A maioria dos donos de postos já repassou o reajuste. Quase todos subiram R$ 0,10 e assumiram os R$ 0,02. Mas não houve expansão alguma nos preços do etanol nas distribuidoras."

Para a gasolina, 23 dos 53 postos apresentavam o custo de R$ 2,69 por litro. No caso do etanol, 21 estabelecimentos cobravam R$ 1,79. Os dois grupos são a maioria entre os postos. Bem diferente do que ocorreu em alguns postos da Capital, onde a gasolina é encontrada por até R$ 3,49. Considerando a média de preços daqui, para quem tem carro flex, o álcool tem o melhor custo-benefício. Para calcular qual combustível está mais barato em relação ao seu potencial de geração de energia, basta multiplicar o valor da gasolina por 0,70. Se o resultado for maior do que o valor do etanol, o biocombustível é a melhor opção.

Para Souza, não há indícios, mas o álcool pode subir. "Por causa do reajuste da gasolina a demanda do etanol pode subir, talvez pegar uma entressafra, e os preços aumentam nas usinas."

 

 




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