Política Titulo Eleições 2012
Após apuração, Donisete vai para os braços do povo

Petista vira sobre Vanessa Damo e sai em vantagem para o segundo turno em Mauá; candidato vê humildade como diferença: 'Não vamos tirar sarro de ningu

Mark Ribeiro
08/10/2012 | 06:15
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Segundo colocado nas pesquisas de intenções de voto, Donisete Braga (PT) virou o jogo na disputa pela Prefeitura de Mauá. O petista venceu o primeiro turno com 38,34% dos votos válidos, contra 33,90% de Vanessa Damo (PMDB). Ambos avançaram ao segundo turno, que será realizado dia 28.

O resultado foi comemorado com euforia pelo candidato e a militância. Na concentração no comitê da Avenida Portugal, locutor anunciava as parciais a cada atualização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Quando o percentual de urnas apuradas chegou a 99,7%, partidários puxaram o coro de "vira virou", Donisete subiu na cadeira e bateu no braço para mostrar que tem sangue nas veias.

Emocionado, o prefeiturável abraçou e beijou o prefeito, Oswaldo Dias, o seu candidato a vice, Hélcio Silva, e o ex-vice prefeito Márcio Chaves Pires, todos do PT. Os cumprimentos foram interrompidos quando foi retirado da cadeira e carregado por militantes até a avenida, onde estava estacionado caminhão de som que serviu de palco para discursos de uma vitória que todos fizeram questão de ressaltar ser apenas parcial.

"Pensei que um dia desses seria carregado por ser um bom jogador de futebol, mas fui porque tenho a melhor militância", disse Donisete, ao iniciar o discurso. "Quando ouvirem dizer de pesquisas, perguntem para o povo. Vencemos o primeiro tempo."

 

A fala do petista seguiu a linha de atenção ao segundo turno. "Temos de respeitar nossos adversários e não menosprezar ninguém. Não podemos subir no salto alto. A nossa diferença para o outro lado é a humildade. Amanhã (hoje) não vamos tirar sarro de ninguém", orientou.

Por outro lado, criticou Vanessa, que projetou vencer a eleição no primeiro turno. "Brincou e desrespeitou a vontade do povo." Donisete pediu que os militantes se preparem "porque o nosso coro vai arder muito" no segundo turno. "Lançaram boatos e vão lançar mais. Precisamos estar bem vacinados contra isso."

Mais tarde, em entrevista, o candidato se disse feliz com o resultado, "mas não surpreso", por identificar o crescimento da campanha nas últimas semanas. "Acertamos em pautá-la na apresentação de propostas e no comparativo dos governos do PT com os outros. Mas fui vítima de campanha clandestina que não acaba mais. Se surtisse efeito, não teríamos vencido o primeiro turno."

 

 




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