O mestre de obras autônomo José Norival Barbosa, morador de Santo André, sentiu os reflexos da queda no preço do cimento em seu faturamento. O número de obras por mês, que foi de quatro em 2004, passou para oito, em média, no ano passado. “A queda no custo do cimento reduziu em cerca de 12% o preço final da obra. Com isso, o consumo aumenta e as pessoas se sentem motivadas a construir ou reformar.”

De acordo com Barbosa, o preço do saco de 50kg, que ele costumava pagar R$ 18, atualmente custa R$ 10,50. “É uma redução muito grande e que faz diferença no bolso do consumidor.” Para ele, a queda ocorreu em razão da competição com os produtos importados. “Tem muito cimento de fora no mercado nacional, principalmente vindo da China. Isso deve ter pressionado para baixo os preços do cimento fabricado no Brasil.”

Para o pedreiro José Siqueira, associado à CSA (Central de Serviços Autônomos), de Santo André, a queda nos preços também surtiu efeito positivo. Segundo ele, atualmente está precisando rejeitar obras em razão do crescimento da demanda. “O cimento é um dos itens principais da obra. Quando se fala em construção ou reforma, a primeira coisa que o cliente pergunta é quantos sacos de cimento serão necessários. O preço baixo é um estímulo.”

Siqueira, que afirmou ter tido um 2005 “ótimo”, espera que os preços baixos se mantenham para que o bom desempenho continue. “Se ficar como está, certamente este ano será bem melhor do que o ano passado”, afirmou.