O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta quarta-feira que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acertou ao defender um salário mínimo de R$ 367. Para ele, isso foi fundamental para que se chegasse a um acordo e fosse estabelecido um mínimo de R$ 380 a partir de 2007. “Ele precisava fixar um valor abaixo do que foi aprovado para contribuir com a negociação com as centrais sindicais”.

Marinho participou, no Palácio do Planalto, em Brasília da cerimônia de institucionalização de uma política de valorização do salário mínimo para o período de 2007 a 2023, com revisões quadrianuais em 2011, 2015 e 2019.

O presidente Lula presidiu o acordo com as centrais sindicais, que estabeleceu a antecipação gradual da data base do salário mínimo para janeiro até 2010. Ficou acordada também a correção da tabela e das deduções do Imposto de Renda Pessoa Física em 4,5% para os anos de 2007 a 2010.

No dia 20 de dezembro, pouco antes de o valor ser acertado com a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, o Mantega criticou o acordo com as centrais sindicais. “Não é proposta de governo, eu ainda defendo o aumento para R$ 367, que é a variação do PIB (Produto Interno Bruto) per capita mais a inflação do período”, disse à época.