Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul pediram nesta terça-feira à Coréia do Norte um maior esforço na luta contra o terrorismo internacional e propuseram a retomada do diálogo intercoreano para aliviar a tensão entre os dois países. Os diplomatas dos três países iniciaram nesta quarta, em San Francisco, negociações visando a retomada do diálogo com o regime comunista em Pyongyang.

Em uma declaração emitida após a primeira reunião, os diplomatas revelaram ter "revisado as mudanças no ambiente global após os atentados terroristas de 11 de setembro e a reação norte-coreana a estes ataques....".

As três delegações classificaram de "nota positiva" a assinatura, por parte de Pyongyang, de duas convenções antiterroristas apresentadas recentemente pelas Nações Unidas, mas pediram a Coréia do Norte "novos passos para confirmar sua cooperação no combate ao terrorismo internacional".

Pyongyang, que tecnicamente permanece em guerra com Seul desde a Guerra da Coréia, entre 1950 e 53, segue na lista negra de países que fomentam o terrorismo formulada pelos Estados Unidos.

"Estamos em um impasse em todos os aspectos de nosso esforço para envolver Pyongyang (nas conversações) e precisamos encontrar uma forma de sair desta paralisação", disse um diplomata sul-coreano antes da primeira reunião.

"Também discutiremos como proceder com nossa ajuda humanitária à Coréia do Norte, mas não esperamos para esta reunião de rotina medidas específicas que orientem nossas ações", salientou o diplomata.

Após a histórica retomada das negociações bilaterais entre as duas Coréias, no ano passado, o diálogo foi interrompido em 14 de novembro do mesmo ano.

A ruptura congelou as esperanças de reunião de milhares de famílias separadas desde a guerra coreana, entre 1950-53, e as expectativas de um acordo de cooperação econômica entre os dois países.

A sexta reunião ministerial entre as duas Coréias, realizada no norte, terminou sem acordos após Seul colocar suas forças militares em alerta devido aos atentados de 11 de setembro contra os Estados Unidos.

Pyongyang acusa Seul de elevar a tensão entre os dois países com o alerta militar. Na Coréia do Sul estão estacionados 37 mil homens das Forças Armadas dos Estados Unidos.