Em time que está ganhando não se mexe, certo? Errado. A Honda aposentou a Biz C-100 – líder no segmento de baixa cilindrada –, redesenhou o modelo e deixou o motor mais nervoso. Tudo para desmistificar o conceito de que moto pequena é sinônimo de fraca. Se comparada com a antecessora C-100, a nova Biz 125 é outra moto. Além de ágil nas acelerações, a carenagem ganhou volume – o que deixa a moto mais alta e robusta – e os traços modernos valorizam os detalhes.

Pode parecer pouco, mas 25 cm³ fazem muita diferença numa motocicleta leve. Daí a explicação para a nova Biz andar mais e gastar menos combustível – 46 km/l, na avaliação feita pelo Diário. Não é preciso torcer o cabo do acelerador para pegar embalo. O motor vitaminado empurra com facilidade a moto e o piloto.

Mas as principais surpresas da Biz não se escondem no motor. Os piscas dianteiros abandonaram a companhia do farol e foram acopladas à carenagem. A moto ficou mais bonita. A lanterna traseira ganhou linhas alongadas e lentes brancas no lugar das antigas amarelas. O escapamento agora também sai de fábrica com protetor antiqueimadura. São pequenos detalhes que fazem grande diferença no conjunto.

O painel da nova Biz também está mais moderno. O fundo branco deu lugar a um preto, com numeração clara, o que melhora a visualização durante a noite. O marcador de combustível – antes digital – volta a ser de ponteiro. Um retrocesso? Talvez. O fato é que os velhos ponteiros são mais confiáveis e indicam melhor a quantidade de combustível no tanque.

Uma reclamação comum dos condutores da antiga C-100 era o pequeno campo de visão dos espelhos. Por isso, os retrovisores ganharam novo formato na versão de 125 cm³. Melhorou, mas ainda é limitado. Outro ponto que não recebeu muitas alterações por parte da Honda foi o guidom. Com o cano longo e a baixa altura, a moto passa raspando nos retrovisores dos carros em corredores de trânsito parado.

A estabilidade da Biz evoluiu. O modelo 2006 ganhou maior aderência e estabilidade nas curvas. O peso melhor distribuído cola a moto no chão mesmo em velocidades altas.

No geral, a Biz 125 se mostra bem adaptada ao pára-anda-pára do trânsito das grandes cidades. As mudanças por dentro e por fora da caçula da montadora devem elevar a participação da moto no mercado, já que a arquiinimiga Yamaha tem como concorrente a Neo 115, menos potente.

A Biz 125 sai de fábrica nas cores vermelha, preta, azul metálica e prata metálica. Os preços sugeridos pela fábrica são R$ 4.796 (versão KS), com pedal, e R$ 5.455 (versão ES), de partida elétrica. Em nenhum modelo há embreagem.