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Grande ABC vai à Hobbyart em busca de mais visibilidade
Por Mariana Oliveira
Do Diário do Grande ABC
28/03/2005 | 13:32
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Os empresários do Grande ABC estão descobrindo as feiras internacionais de São Paulo. A palavra mágica agora é visibilidade, ou seja, investe-se na exposição da marca para ganhar mercado. É com esse objetivo que quatro empresas da região participarão da Hobbyart 2005, exposição internacional das indústrias e fornecedores de produtos para artesanato, que terá início na próxima terça-feira no Expo Center Norte, em São Paulo.

A Fiber Art, de Santo André, participa pela primeira vez da Hobbyart e está otimista com o sucesso da empresa no evento. Especializada em diversos tipos de matéria-prima – como fitas, tintas e biscuit – e em cursos artísticos, a empresa pretende faturar R$ 120 mil nos cinco dias do evento e R$ 6 mil por dia no mês seguinte à exposição. “Queremos enfatizar nosso nome no mercado e mostrar técnicas novas e pioneiras no setor”, afirma Débora Zuliane, uma das proprietárias. A empresa tem apenas um ano e meio de existência e já conta com uma filial em Curitiba, inaugurada há quatro meses.

Outra empresa da região que apresentará novidades será a Acrilex, de São Bernardo, que é líder nacional na venda de tintas para artesanato. Com um dos maiores estandes da exposição – de 480 m² – a Acrilex não pretende utilizar a Hobbyart para atrair novos negócios, mas sim para ter contato mais forte com os consumidores. “Oferecemos cursos gratuitos com técnicas variadas. As pessoas receberão peças e tintas e serão auxiliadas por professores e artistas plásticos renomados. Além disso, poderão levar o próprio trabalho para casa”, explica Osni Francisco Júnior, analista de marketing da empresa.

Ele explica que a empresa deve receber cerca de 10 mil pessoas durante os cinco dias da feira. Acreditamos que 90% do público será de consumidores e o restante, de negócios. A intenção é tornar os clientes finais fiéis à marca”, avalia. A fábrica da Acrilex está em São Bernardo há 40 anos, exporta para 20 países e tem 250 funcionários diretos.

A Aladim Porcelanas, de São Caetano, pretende atrair a atenção de comerciantes e fechar negócios na exposição. “Levaremos o mostruário completo de porcelanas para alavancar as vendas da empresa. Acredito que a Hobbyart seja uma boa oportunidade para o segmento”, diz o encarregado de marketing Marcos Fuzinelli. A Aladim atua há 43 anos na região e conta com aproximadamente 20 funcionários.

Negócios – De acordo com a organização, a oitava edição da Hobbyart terá 20 mil m² e 300 empresas. Deve atrair cerca de 75 mil pessoas e movimentar R$ 500 milhões em negócios que podem acontecer nos cincos dias da feira ou nos próximos três meses em decorrência da exposição.

O evento começa nesta terça-feira e vai até sexta-feira, das 13h às 19h para consumidores e das 10h às 13h para lojistas, atacadistas e distribuidores, e no sábado, das 10h às 19h para o público em geral. Os ingressos custarão R$ 20 para um dia de visitação e R$ 35 para dois dias. Os interessados poderão adquirir um pacote para todos os dias por R$ 55.

O público alvo da feira é formado por lojistas – proprietários de bazares, armarinhos e papelaria –, atacadistas, distribuidores, artesãos e consumidores em geral. Entre os produtos em exposição estarão tintas, colas, pincéis, telas, linhas para bordado e demais insumos utilizados no artesanato.

Artes e Artesanato – O setor movimentou cerca de R$ 28 bilhões no mercado brasileiro em 2004, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Segundo um dos diretores da Hobbyart, Jorge Vidal, o mercado de artes e artesanato cresceu cerca de 47% no ano passado em relação a 2003 e ainda tem grande potencial de expansão. “O Brasil tem grande oferta na área de artesanato, tanto em qualidade quanto em originalidade. O setor exportou cerca de US$ 1,5 bilhão e o mercado externo já representa até 40% das vendas de diversas empresas nacionais. A Hobbyart servirá para aquecer ainda mais esse mercado”, completa.



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