Setecidades Titulo Meio ambiente
Ação do Sesc constrói cisterna em escola estadual em Santo André

Ideia é mostrar como o reúso de água pode auxiliar na sua preservação

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
10/06/2019 | 07:24
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A EE Dr. Generoso Alves de Siqueira (Av. Dom Pedro I, 2.572, Vila Vitória), em Santo André, agora conta com uma cisterna para captação da água da chuva. É que o coletivo permacultur Sossé Amandy, que ministrou curso sábado no Sesc Santo André sobre o assunto, foi ensinar ontem à tarde aos alunos da oficina: como o reservatório é feito na prática.

Um dos professores foi o engenheiro ambiental e urbano Leonardo Varallo. “No sábado discutimos a parte teórica sobre o uso consciente de água e depois os tipos de aproveitamento de água de chuva que existem, entre outras cosias. E hoje (ontem) viemos mostrar na prática como funciona, o material que usa, e estão todos colocando a mão na massa.”

A cisterna feita na escola, que comporta 600 litros, teria um custo médio de R$ 1 mil, por conta do valor do reservatório. “Mas em casa, como tem gente que já tem algum material guardado, não custaria tudo isso. Uma bombona (recipiente que pode ser usado como reservatório) custa cerca de R$ 80”, destaca Varallo. A água captada, acrescenta, deve ser usada em lavagens de chão e panos de limpeza, rega, entre outras situações.

E o sistema ensinado, acrescenta, tem o cuidado com a formação de larvas do mosquito da dengue. “A gente se preocupa em colocar telas em todas as possibilidades de acesso do mosquito na água. Tanto no ladrão, quanto na entrada de água. Só é preciso fazer uma manutenção periódica para limpar o sistema e manter a qualidade da água.” O indicado é uma vez por ano.

Como benefício ao meio ambiente, são duas abordagens. “Do ponto de vista do consumo, isso tem um impacto na vida financeira da família, além da relação com a água (conscientização). E do ponto de vista social tem pesquisadores que defendem que o uso generalizado de cisternas auxiliaria no controle de inundações. A água que ia para o sistema de drenagem acaba sendo retido”, analisa.

A professora aposentada de Santo André Edna Maria de Faria, 65, estava satisfeita com o resultado da oficina. “Foi muito interessante, porque sempre estou fazendo reformas na minha casa. Esse curso vai me ajudar a fazer minha própria cisterna e aproveitar a água da chuva. Ainda mais hoje, que a água está tão rara. Sem ela não tem vida”, finaliza.  




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