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Novo presidente quer reduzir folha da Câmara de R.Grande
Por Gilberto Bergamim Jr
Da Redaçao
10/11/2000 | 00:29
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  O novo presidente da Câmara de Rio Grande da Serra, Joao Antonio da Silva (PTB), o Lula, afirmou que o primeiro passo no curto período em que estará na chefia do Legislativo (menos de dois meses) será a reduçao da folha de pagamento. O petebista declarou que a média salarial dos comissionados é alta e o número de funcionários nos cargos de comissao também é excessivo.

Segundo Lula, o Legislativo gasta só com os salários dos 21 funcionários em cargo de confiança, R$ 17 mil, enquanto que com os 14 efetivos o gasto é de R$ 9 mil. "A Câmara precisa de um enxugamento na folha", declarou.

O presidente apresentou os últimos gastos da Câmara, onde foram empregados os R$ 25 mil repassados pelo prefeito Ramon Velasquez (PT), na semana passada. Entre os pagamentos consta uma quantia de R$ 3,8 mil destinados a Pedro Luiz de Oliveira, conhecido como Tio Pedro.

A quantia é referente a empréstimos feitos pelo vereador Valdir Mitterstein (PPB), o Gaúcho, que autorizou Tio Pedro a retirar o valor emprestado diretamente na Casa. O presidente destituído na quarta, Silvio Sabainski (PV), proibiu na semana retrasada o procedimento após saber que a medida adotada pelo vereador e autorizada pela Câmara é ilegal.

Lula afirmou que o salário mais alto entre os comissionados é de R$ 2,2 mil, o qual é referente ao salário de dois assessores jurídicos do Legislativo. "Nao questiono o salário dos advogados, mas temos outros valores de cerca de R$ 1,2 mil que sao muito altos para as funçoes", disse o petebista.

De acordo com o presidente, há um questionamento quanto a dois descontos do caixa da Câmara, os quais no relatório da Casa sao indicados como "honorários advocatícios". "Estranho este desconto, pois nós já temos dois advogados", afirmou.

Silvio Sabainski disse que os "honorários advocatícios" referem-se aos processos que o ex-prefeito, José Teixeira (PSDB), abriu contra a Câmara em decorrência da rejeiçao das contas do tucano em três anos de seu mandato. "Como os advogados da Casa podem nao estar mais em 2001, decidimos contratar a empresa para nos defender dos processos. Senao, quem defenderá a Câmara?, disse o ex-presidente.

Quanto ao repasse de R$ 3,8 mil a Tio Pedro, Sabainski declarou ser inevitável, pois o esquema de empréstimo com o vereador Gaúcho nao vinha se confirmando há cerca de quatro meses. "Como era permitido o procedimento e nós nao repassávamos ao credor (Tio Pedro), devido à difícil situaçao da Câmara, e as cobranças continuavam, tive de pagar o total", disse.

Sabainski falou novamente de sua destituiçao como uma covardia dos demais parlamentares. Ele, porém, nao deve tomar nenhuma medida para voltar à presidência. "Apresentei o ocorrido ao partido e se eles decidirem algo tudo bem. Mas eu nao vou tentar nada", declarou.




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