Depois da desfiliação do ex-prefeiturável Raimundo Salles, a comissão provisória do PPS de Santo André será presidida pelo vereador de primeiro mandato Fábio Lopes, tendo como vice na composição o também parlamentar recém-eleito Rodolfo Donetti. A troca no comando do partido ficará formalizada na segunda-feira, com a presença do dirigente estadual da sigla, o deputado federal Alex Manente. Com a saída do candidato ao Paço, em novembro, que deixou a política municipal, a reformulação do quadro integra decisão de esferas superiores de entregar a direção a detentores de mandato eletivo.

Salles deixou a legenda por motivos pessoais, após ficar em quinto colocado na disputa pela Prefeitura – sua pior performance eleitoral. Lopes ratificou que o ex-presidente paulista do PPS e hoje dirigente nacional, Davi Zaia, direcionou para que, em caso de dissolução, “todas as cidades com vereadores eleitos tivessem no comando do partido figuras com mandato no município”. “Vejo como forma de fortalecimento. Alex (Manente) nos pediu para preparar a documentação e constituir a nova executiva”, alegou o popular-socialista. Da executiva anterior foram mantidos André Salles, secretário-geral, e Djalma Simplicio, tesoureiro.

Então vice-presidente, Wilson Ponce não fará mais parte da executiva – era indicado por Salles para assumir a direção. “Decisão do partido era para ficar com os vereadores eleitos. Foi colocada a importância de o Ponce, candidato a vice na chapa majoritária do pleito de outubro, permanecer na comissão, mas ele só queria se fosse na condição de presidente”, ponderou Fábio Lopes. “É excelente nome (Ponce), não há nada pessoal contra ele, só que o Alex achou por bem dessa maneira. É norma do PPS, se tiver vereador fica indicado a presidente. Foi apenas por esse motivo. Como existe isso, dá respaldo”, avaliou Donetti.

Com a derrota da empreitada majoritária do PPS no primeiro turno, a dupla de vereadores eleitos decidiu apoiar na etapa final a candidatura de Paulo Serra (PSDB), que saiu vitorioso do processo. Apesar do suporte na fase derradeira, os parlamentares falam que adesão na Câmara não é automática. “Hoje o PPS é independente. Nossa vontade é sim colaborar com o (novo) governo, mas não há nada definido. Estamos conversando. Queremos ajudar, fazer parte”, ponderou Donetti, referindo-se a espaço na gestão.