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‘Beleza Pura’ quer fazer rir e chorar
Melina Dias
Enviada ao Rio
31/01/2008 | 07:04
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Uma novela à moda antiga, com dupla romântica central de protagonistas, elenco enxuto e uma boa dose de humor. Assim será Beleza Pura, novela global que estréia no próximo dia 18, no complicado horário das 19h.

O dramaturgo paulista Sílvio de Abreu, autor de clássicos como Guerra dos Sexos (1983) e A Próxima Vítima (1995) supervisionará o texto da carioca Andrea Maltarolli. É a primeira novela da experiente autora, que responde por Malhação desde o início, em 1995.

Em encontro realizado com a imprensa na última terça, mestre e pupila, acompanhados do diretor geral Rogério Gomes, garantiram que o desafio desta trama será recuperar a emoção. Silvio de Abreu acha que atualmente, autores e emissoras pensam em criar como equações matemáticas, “com investimentos Y para obter X de audiência.”

“Isso (a audiência) é problema da Globo”. O que os autores buscam é o genuíno interesse do telespectador pela vida dos personagens. “Em uma mesma cena você vai chorar e rir”, afirma.

Andrea Maltarolli se diz tranqüila na estréia por ter Abreu a seu lado. Sua sinopse trata de “estética e ética”.

A relação entre beleza e virtude é uma antiga discussão filosófica, que Andrea pretende abordar por meio da trajetória do personagem principal, o belo e egocêntrico Guilherme Medeiros, de Edson Celulari.

A TRAMA

Sem saber que foi sabotado, Guilherme se sente culpado pela morte de cinco pessoas em um acidente de helicóptero. Passa a tentar reparar seu erro, realizando sonhos das famílias das vítimas.

A mocinha Joana, com quem o mulherengo viverá um jogo de gato e rato, é da atriz andreense Regiane Alves. Ela foi elogiada pelo autor e pelo diretor por “segurar” as cenas que passam de cômicas a dramáticas. “Também me surpreendeu a doçura que ela consegue passar” , comenta Abreu.

Porque má ela já havia mostrado saber ser. Basta lembrar de Regiane como a terrível Dóris que maltratava os avós em Mulheres Apaixonadas (2003), de Manoel Carlos.

BONS E POUCOS
Para agradar a gregos e troianos às 19h (leia-se, crianças, adolescentes e donas de casa), Beleza Pura terá, além de romance, um bom time de humoristas. “Todos os atores têm um ou dois pés no humor”, conta Abreu. São menos de 30 personagens (já que cinco morrem no início) vividos por gente com larga experiência teatral, caso da excelente Maria Clara Gueiros (Minha Nada Mole Vida, Zorra Total).

Ficar somente na supervisão do texto permite a Abreu maior domínio do processo de criação. Ele tem dado pitacos na direção e passado um bom tempo no estúdio. Isso pode ajudar a atingir aquela misteriosa, e cada vez mais rara, combinação que garante prazer a quem faz e assiste. Abreu, Andrea e Gomes parecem estar em sintonia. “Estamos fazendo teatro”, empolga-se o dramaturgo.

A jornalista viajou a convite da emissora



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