Política Titulo Disputa
Chapa de oposição vence disputa no Sindserv de São Bernardo por 51 votos
Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/09/2015 | 07:00
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Celso Luiz 8/3/13


A chapa de oposição, encabeçada por Marcelo Gonçalves Siqueira, funcionário público ligado à Secretaria de Educação, venceu a disputa interna pela presidência do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo e ficará à frente da entidade pelos próximos quatro anos. Em eleição acirrada, que varou a madrugada de ontem, o grupo saiu ganhador do páreo por 51 votos de diferença, obtendo 1.039 adesões (51,26% dos válidos) nas urnas contra 988 sufrágios (48,74%) alcançados pela ala situacionista da atual direção, liderada por Giovani Chagas, que pleiteava a reeleição na concorrência.

No total, foram 2.076 votos, com 30 nulos e 19 brancos, nos dois dias de pleito para a escolha da nova diretoria executiva. O resultado é bem representativo, principalmente pelo apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e de militantes e simpatizantes do PT à ala governista. Outro item que esquentou a disputa se deu com a acusação de manobra praticada pelo atual comando. A chapa oposicionista, apoiada pela CSP (Central Sindical e Popular) Conlutas e Intersindical, acionou o MPT (Ministério Público do Trabalho) ao alegar fraude no processo para favorecer a candidatura de Chagas.

O grupo de Chagas estava na direção da entidade há oito anos. O atual presidente, no entanto, comandava o sindicado desde 2011, quando assumiu no lugar de Carlos Roberto Silva, o Ketu. Com o revés eleitoral, Chagas, filiado ao PT e ligado à GCM (Guarda Civil Municipal), afirmou que o saldo é importante para “fortalecer a democracia e mostrar transparência”. “(Derrota) Faz parte da disputa. Prevaleceu a vontade da maioria (dos servidores) e refletiu a estratégia utilizada pela oposição de vincular nossa ala cutista ao governo (Luiz Marinho, PT). Deu certo, colou.”

Siqueira não foi localizado para comentar o assunto. Durante a campanha, ele defendeu Sindserv “independente”, sem ficar atrelado ao governo ou de forma partidária. Prometeu mudar o estatuto da entidade, mexendo na estrutura do sindicato, além da desfiliação da CUT. “Entendemos que é central governista e pelega. Não dá para continuarmos filiados. Para nos ligarmos a outra central haverá debate, em congresso”, afirmou, em vídeo, quando fala de suas bandeiras. 




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