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Mauá curte teatro e dança
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
09/12/2004 | 12:12
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Serão dois espetáculos imperdíveis. Para festejar o aniversário de Mauá, o Teatro Municipal da cidade recebe nesta quinta a peça Eh, Turtuvia!, da Fraternal Companhia de Arte e Malas-artes. Sexta, será a vez do Balé da Cidade de São Paulo exibir as coreografias Zona Mina-da e Resenhas do Improviso. A entrada é franca, mas é aconselhável retirar os ingressos com uma hora de antecedência.

Criada pelo coreógrafo italiano Mauro Bigonzetti, Zona Mina-da coloca todos os 31 bailarinos da companhia 1 em cena, para dançar ao som das músicas de Mina, uma das mais populares cantoras italianas. Uma artista que, segundo a diretora artística do Balé da Cidade, Mônica Mion, está para os italianos assim como Roberto Carlos para os brasileiros.

Não se trata de um balé estruturado sobre a cultura italiana, mas de uma obra de caráter universal. Os 31 bailarinos estão em um galpão ou garagem imaginária, onde dançam e se divertem. A inspiração vem de uma Itália pós-guerra, de uma época em que as pessoas tinham poucas opções para o entretenimento.

Como elementos cênicos, há apenas alguns banquinhos coloridos. A coreografia é ágil e sofisticada do ponto de vista técnico.

A duração é de cerca de 20 minutos, um pouco menos que Resenhas do Improviso, com meia hora de espetáculo. É uma coreografia no mínimo inusitada, em que os oito bailarinos da companhia 2 (a mais experiente) dançam o tempo todo de improviso, como o próprio nome sugere.

A trilha sonora também é executada ao vivo, com guitarra, saxofone, violão, berimbau e voz, com algum acréscimo de música tocada em CD. O coreógrafo de Resenhas do Improviso, Luiz Fernando Bongiovani, afirma em texto que "o movimento em si é a grande atração". E esse atrativo está na investigação das possíveis combinações e possibilidades corporais. "É um banquete para os olhos", afirma.

A peça Eh, Turtuvia!, que vai ao cartaz nesta quinta no teatro, é um auto caipira escrito por Luís Alberto de Abreu. Em cena, quatro caboclos contam causos passados no campo e neles se confundem o profano e o sagrado. O título, que pronuncia com o "r" carregado e o "i" acentuado, é uma expressão típica do interior que indica perplexidade.

Essencialmente brasileira, a montagem integra o ciclo de autos da companhia, que já exibiu Sacra Folia e O Auto da Paixão e da Alegria. A direção é de Ednaldo Freire.

Eh, Turtuvia! – Teatro. Com a Fraternal Companhia de Arte e Malas-artes. Nesta quinta, às 20h30. Zona Mina-da e Resenhas do Improviso – Balé. Com o Balé da Cidade de São Paulo. Sexta, às 20h. Ambos no Teatro Municipal de Mauá – r. Gabriel Marques, s/nº. Tel.: 4555-0086. Entrada franca. Ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência.




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