Mesclando momentos de eficiência e maestria – principalmente de Zé Roberto –, o Santos mostrou eficiência e embalou na Libertadores. Ontem à noite, na Vila Belmiro, o time passou fácil pelo Gimnasia y Esgrima, da Argentina. A goleada por 3 a 0 fez o Peixe disparar na liderança do Grupo 8, com nove pontos – 100% de aproveitamento –, rendimento que deixa a equipe perto da próxima fase do torneio sul-americano.

O Gimnasia entrou em campo empolgado. Ensaiou dribles, foi para cima do Santos e foi punido pela ousadia. Kléber deu um belo passe para Marcos Aurélio. O jogador recebeu sozinho e tocou na saída do goleiro.

A bola caminhava para sair à direita do gol quando Basualdo tentou tirar e acabou colocando para a rede: 1 a 0, com apenas seis minutos.

Ao contrário do que os santistas imaginavam, os argentinos não se fecharam na defesa. Foram para cima, cresceram na partida, mas abriram espaços para o Peixe criar. O tempo passava e o perigo aumentava para os santistas, que adotaram os contra-ataques e sofriam com a pressão argentina.

O Santos não era feliz nas jogadas pelas alas e meio-campo. Com a forte marcação adversária, o Peixe arriscava com bolas em profundidade para Marcos Aurélio e Tiuí, aproveitando a linha de impedimento. Mas o restante da etapa inicial se resumiu em faltas, passes errados e finalizações sem direção.

O segundo tempo teve o mesmo início do primeiro. Logo aos sete minutos, um gol. Pela esquerda, Zé Roberto cortou o zagueiro e rolou para Cléber Santana, que pegou de três dedos e acertou o canto esquerdo do goleiro Kletnicki da entrada da área.

Com o resultado sob controle, o Santos tirou o pé. Poderia forçar, tentar a goleada. O Peixe tinha Zé Roberto, que mais uma vez mostrou sua genialidade. O meia partiu em velocidade pela esquerda, entrou na grande área e, com um toque sutil, encobriu o goleiro com maestria. Toque de craque, aos 25, que ampliou a vantagem para três gols.

Zé Roberto ainda brilhou aos 46, ao ser derrubado pelo goleiro: pênalti. Tabata cobrou e Kletnicki defendeu, evitando uma goleada ainda maior.