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Berlim minimiza revelações sobre espiões alemães no Iraque
Da AFP
02/03/2006 | 15:16
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Autoridades políticas alemãs minimizaram nesta quinta-feira as revelações do jornal New York Times sobre a colaboração de espiões da Alemanha com o Exército dos Estados Unidos durante a invasão do Iraque em 2003.

Em menos de uma semana, o prestigiado jornal americano publicou pela segunda vez na primeira página as revelações sobre a suposta ajuda que três agentes do serviço secreto externo alemão (BND) prestaram às forças dos Estados Unidos, uma contradição à manifesta oposição do governo do ex-chanceler Gerhard Schroeder à guerra.

O atual governo da chanceler Angela Merkel se recusou a comentar a nova informação.

Segundo Olaf Scholz, líder do SPD (Partido Social-Democrata Alemão) de Gerhard Schroeder, a reportagem do New York Times "é absurda e nada séria".

Max Stadler, do opositor Partido Liberal (FDP), disse que esta informação não representa nenhuma novidade ao relatório do governo que já é conhecido.

Segundo o NYT, que alega citar um relatório confidencial do Parlamento Federal alemão, uma autoridade do BND foi enviada no início de 2003 ao Qatar - com a aprovação de Berlim - para servir de elo com o gabinete do general Tommy Franks, que encabeçava o comando geral das forças americanas na região.

Além disso, dois espiões alemães posicionados em Bagdá transmitiam informações ao colega, principalmente sobre lugares da capital iraquiana como embaixadas e outros estabelecimentos que poderiam abrigar seqüestrados, para que os bombardeios americanos evitassem estes alvos, acrescenta o jornal.




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