Política Titulo Campanha
Marcos Lula gasta
mais que Marinho

Custo do voto do vereador de São Bernardo é 6 vezes maior
do que do prefeito reeleito; investimento foi de R$ 273,2 mil

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
13/11/2012 | 06:52
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Debutante na Câmara de São Bernardo a partir de 1º de janeiro, Marcos Lula (PT), filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gastou 5,8 vezes mais do que o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), na busca pelo voto. Marcos Lula desembolsou R$ 70,37 por voto conquistado, enquanto Marinho despendeu R$ 12,17.

Segundo a prestação final de contas dos candidatos encaminhada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o filho de Lula investiu R$ 273,2 mil na disputa por uma cadeira na Câmara - foi o vereador eleito que mais gastou em volume total. Ele recebeu 3.882 votos.

Marinho, por sua vez, declarou despesa de R$ 3,2 milhões em 90 dias do processo eleitoral em São Bernardo. Seu principal adversário, o deputado estadual Alex Manente (PPS), informou gastos de R$ 637,8 mil, cinco vezes menos do que o petista. Marinho foi reeleito no primeiro turno com 261.339 votos contra 122.924 adesões do popular-socialista.

Mesmo superando os investimentos por voto de Marinho, Marcos Lula não foi o parlamentar eleito em São Bernardo com maior volume de despesa por sufrágio recebido. Mauro Miaguti (DEM), que parte para o segundo mandato, despendeu R$ 89,56 por voto - declarou gasto de R$ 241,4 mil e obteve 2.695 adesões.

O filho de Lula teve atenção especial do petismo nacional para se tornar vereador. Angariou R$ 95 mil do diretório do PT e R$ 50 mil da empresa Lils Palestras, Eventos e Publicações Ltda. (de propriedade do ex-presidente). Os investimentos em sua campanha para parlamentar superaram os de candidatos majoritários do partido no Grande ABC, como Claudinho da Geladeira (Rio Grande da Serra).

Em São Bernardo, Marcos Lula desembolsou mais que os ex-prefeituráveis Ademir Silvestre (PSC, R$ 15,4 mil), Lígia Gomes (PSTU, R$ 3.978) e Aldo Santos (Psol, R$ 1.700).

 

Maria Inês lidera investimento por sufrágio entre prefeituráveis

 

Derrotada na corrida eleitoral pela Prefeitura de Ribeirão Pires, a ex-prefeita Maria Inês Soares (PT) lidera o ranking de gastos por voto entre os 36 políticos que tentaram os sete Paços da região neste ano. Em 90 dias de campanha, a petista investiu R$ 61,42 por sufrágio recebido no dia 7 de outubro.

Ex-chefe do Executivo ribeirão-pirense entre 1997 e 2004, ela declarou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) gastos totais de R$ 954,8 mil e recebeu 15.545 votos. Ficou na segunda colocação na disputa no município, atrás de Saulo Benevides (PMDB). O peemedebista desembolsou R$ 19,04 por voto.

Maria Inês está no topo de uma lista que ainda pode mudar. O TSE divulgou ontem a prestação de contas final dos candidatos, mas não liberou documentações de todos os postulantes das sete cidades.

Diniz Lopes (PR), de Mauá, está temporariamente na vice-liderança do ranking. Mesmo com candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, o republicano despendeu R$ 32,86 por voto - gastou R$ 504,9 mil e obteve 15.367 sufrágios (não contabilizados).

Gabriel Maranhão (PSDB) e Claudinho da Geladeira (PT), dupla que protagonizou a eleição de Rio Grande da Serra, gastaram R$ 14,84 e R$ 13,15 por voto, respectivamente. O tucano venceu o pleito com 15.469 sufrágios ante 9.454 do petista.

Quarto colocado na eleição em Santo André, Nilson Bonome (PMDB) registrou gasto de R$ 12,43 por adesão conquistada - investiu R$ 215,6 mil e viu 17.333 pessoas apostarem em sua candidatura.

O voto mais barato da região até agora é de Ivanci Vieira dos Santos (PSTU), de Diadema. O socialista investiu R$ 92 e abocanhou 439 sufrágios - R$ 0,18 por adesão.

 

 




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