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São Caetano acumula lixo reciclável

Sistema de coleta porta a porta não entrega sacos especiais para o recolhimento dos materiais

Por Andressa Dantas
Especial para o Diário
06/11/2012 | 07:00
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A coleta seletiva porta a porta, que foi implantada pela Prefeitura de São Caetano no mês de agosto com intuito de conscientizar a população sobre reciclagem e facilitar o descarte do material, deixou os moradores com uma coleção de embalagens armazenadas em casa. Eles afirmam que o sistema não funciona como deveria.

A proposta da administração era distribuir nas residências e estabelecimentos comerciais sacos de lixo amarelos, onde devem ser acondicionados os recicláveis para recolhimento uma vez por semana. O problema é que a entrega dos sacos não é feita com frequência e os coletores só identificam o material quando descartado dessa forma.

O empresário Paulo Vito Sanchez, 73 anos, afirmou que há mais de um mês a coleta seletiva não é feita no bairro Oswaldo Cruz por falta de sacos. Sanchez reclamou ainda que os pontos fixos que eram utilizados pela população para o descarte do material foram fechados após a implantação do programa porta a porta. "Se colocamos o material em sacos de outra cor, quem leva é o serviço de lixo orgânico. Não adianta nada separar."

De acordo com o secretário do Meio Ambiente da cidade, Osvaldo Aparecido Ceoldo, o fornecedor atrasou a entrega dos sacos. "Hoje (ontem) recebemos um lote, que será entregue aos munícipes que reclamaram a falta do material. Até o fim do mês a situação será regularizada." O estoque anterior estava no galpão que sofreu incêndio no dia 24 de setembro, onde funcionava almoxarifado da Secretaria de Serviços Urbanos.

Os coletores de material reciclado também já foram orientados a retirar o lixo quando estiver em saco transparente, mas a ação não foi realizada. "Não tem problema se a Prefeitura não entregar o saco amarelo, eu poderia comprar, mas não vende em lugar algum", comentou a cozinheira Joana D'Arc Santana.

Antes da implantação do sistema, os recicláveis correspondiam a cerca de 4% do lixo da cidade. Sem a coleta seletiva, esse montante é enviado direto para o aterro sanitário. "Assim São Caetano anda para trás e faz parte do quadro de cidades sustentavelmente subdesenvolvidas. Com a falta da coleta de recicláveis, o lixo vai para o aterro e deixa de ser útil para cooperativas de reciclagem", alertou o ambientalista Murilo Valle, da Fundação Santo André.




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