Cultura & Lazer Titulo Música
Cancioneiro delicado

Samba e MPB ilustram o novo trabalho de Consuelo de Paula;
as faixas, todas autorais, têm letras assinadas pela cantora

Por Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
03/11/2012 | 07:00
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A voz repleta de doçura junto aos arranjos cuidadosos e delicados dão tom as 12 composições com boas pitadas de MPB e samba que ilustram Casa (Tratore, R$ 30 em média), novo trabalho da cantora mineira - radicada em São Paulo - Consuelo de Paula, quinto de sua carreira.

A artista contou com o acompanhamento da orquestra À Base de Corda, de Curitiba, que é formada por nove instrumentistas. As faixas, todas autorais, têm letras assinadas pela cantora. As melodias são de autoria do violinista Rubens Nogueira, morto neste ano, parceiro de Consuelo desde 2004. Casa contou ainda com os arranjadores Dante Ozzeti, Weber Lopes, Chico Saraiva e Luiz Ribeiro.

Ela conta que o disco foi composto logo após o lançamento do álbum Dança das Rosas, de 2004, e que faz parte de trilogia ao lado de outros dois trabalhos: Samba, Seresta e Baião e Tambor e Flor. "Cada obra tem seu tempo. E sempre acho que amadurecimento é coisa demorada.

As melodias e letras ficaram povoando minha vida durante mais ou menos um ano. Em seguida, toquei as canções com o Rubens por mais um tempo. Depois sozinha. Daí, vieram os arranjos e o show, um ano para produzir tudo. E muita comemoração depois de todo este trabalho", diz.

Como o nome da canção diz, Convite, responsável por abrir o menu cancioneiro, já aguça a vontade para escutar o que vem adiante. Em seguida, Marinheiro, com viola e cavaquinho, chama o ouvinte a mexer os pés e a cair no samba. Inspirada no poema Elegia a Uma Pequena Borboleta, de Cecília Meireles, Borboleta dá sequência e traz coro feminino e arranjos delicados. E assim, faceiro e feliz, o disco segue até o fim.

Apaixonada por música, Consuelo brinca que já nasceu com esse "defeito no genoma". " Sou uma artista que não tem escolha a não ser me dedicar a isso, é caso de vida ou morte. A música é um canal para que eu me expresse", afirma.

De acordo com a mineira, realizar esse disco foi a melhor maneira de homenagear o amigo Rubens Nogueira. "No começo, eu pensei que não gravaria mais. Fizemos um show em homenagem ao Rubens em São Paulo e acordei no outro dia me sentindo na obrigação de terminar o CD. "Nossas canções eram nossa maior ligação e continuarão a ser. Rubens era um melodista genial e uma pessoa incrível. Merece toda a nossa gratidão, reconhecimento, palmas, emoção e amor."




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