Há 18 meses governando Diadema, o PV realizou seminário na noite de ontem para ouvir sugestões de munícipes para aperfeiçoar a gestão do município. Pelo menos 200 pessoas participaram da reunião, que foi dividida em cinco temas: Saúde, Educação, Mobilidade Urbana, manifestações populares e conjuntura política.

“A discussão desses temas é importante porque estão do dia a dia do cidadão. Estamos dando nossa colaboração com esse debate”, disse o presidente do diretório municipal verde, Gesiel Duarte.
Cada um dos moradores presentes recebeu um questionário sobre temas que permeiam as ações da Prefeitura. As sugestões foram recolhidas e devem ser utilizadas pela gestão posteriormente.

A plenária reuniu as lideranças da legenda na cidade, como o prefeito Lauro Michels, a ex-deputada estadual Regina Gonçalves e o pré-candidato à Câmara dos Deputados, Márcio da Farmácia. No domingo será realizada a convenção estadual do PV, que oficializará os dois como representantes do partido na disputa eleitoral.

“Um encontro como esse fortalece o partido e colabora com a gestão da cidade. São temas importantes para o desenvolvimento do município”, declarou Regina. Márcio seguiu a mesma linha da correligionária. “Os temas colocados em pauta hoje (ontem) são metas do partido para a cidade. Por isso esse diálogo com a população é importante”, disse.

De maneira contida, os dois pré-candidatos foram citados por Gesiel e pelo prefeito Lauro Michels. “Eu preciso de duas pessoas que me ajudem a conseguir recursos tanto com a presidente (Dilma Rousseff, do PT) como com o governador (Geraldo Alckmin, do PSDB)”, declarou o chefe do Executivo.

Principal alvo de crítica da gestão Lauro, o sistema municipal de Saúde foi o primeiro tema do encontro. O gestor municipal foi o primeiro a falar. “Não é só Diadema que enfrenta problemas com a Saúde, é o País todo.”

Ao relatar a dificuldade para contratação de médicos para atuar no município, ele criticou os gastos com a Copa do Mundo, que já consumiu R$ 25,8 bilhões. “Os recursos da Copa do Mundo ou os impostos recolhidos (com a competição) poderiam ser revertidos para o SUS (Sistema Único de Saúde)”, declarou Lauro. “Quando eu vejo investimentos em estádios em Cuiabá, que não tem tradição no futebol, me preocupa, porque o custo daquele estádio vai ficar para alguém e vai onerar a União, o Estado e o município”, completou.

Desde que Lauro assumiu o comando do Paço, em 1°de janeiro de 2013, 87 médicos deixaram de trabalhar na cidade. A debandada de profissionais é o principal alvo da CPI da Saúde, instaurada na Câmara no mês passado.

Para minimizar a saída de especialistas e atrair novos profissionais para o município, Lauro vislumbrou no começo do ano instituir bonificação aos médicos da rede municipal. Mas a proposta do verde ainda não foi encaminhada para ser votada na Câmara.