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Michels acusa cinegrafista de fazer apologia ao nazismo

Prefeito de Diadema vai à Polícia Civil denunciar vídeo que o compara a Adolf Hitler na internet

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
18/11/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O que era para ser um protesto contra a gestão de Lauro Michels (PV) em Diadema, acabou virando caso de polícia. Isso porque o prefeito resolveu fazer Boletim de Ocorrência e pedir a abertura de inquérito policial para investigação de provável apologia ao nazismo em vídeo divulgado na última semana na internet, onde ele é comparado com o ditador austríaco Adolf Hitler.

O vídeo tem menos de cinco minutos e reclama das condições da Saúde pública diademense.

O problema é que durante o protesto virtual, junto com imagens de hospitais e unidades básicas de saúde, aparecem autoridades municipais, como Michels e seu secretário de Saúde, o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos, comparados a líderes do regime nazista.

Hitler era assumidamente racista. Autoritário, governou a Alemanha com mão de ferro entre 1933 e 1945, sendo responsável direto pela morte de cerca de 70 milhões de pessoas, muitas das quais perseguidas, que eram mantidas em campos de concentração.

O líder do Executivo, no entanto, não gostou do protesto. E na última quinta-feira registrou no 1º DP (Centro) local ocorrência contra o cinegrafista apontado como o proprietário da conta no site onde o vídeo foi hospedado.

A Polícia Civil por enquanto investiga o caso como difamação e prática de discriminação racial, por meio da fabricação e distribuição de símbolos que utilizem elementos de incitação ao ódio.

“Acho que não é positivo ligar a imagem de qualquer pessoa que seja à de Hitler. Você não está apenas debochando, mas fazendo uma analogia que incita o ódio, usando uma pessoa responsável pelo extermínio de outras milhares”, disse o secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, Fernando Moreira Machado.

O Diário entrou em contato com o acusado, mas não obteve retorno às mensagens deixadas em sua caixa de mensagens.

“Não sabemos de fato quais são as intenções dele, se é apenas macular a imagem do prefeito ou algo mis grave”, disse Machado.

O vídeo foi apagado da internet após a elaboração do Boletim de Ocorrência, mas o secretário garante que o Executivo vai começar a tomar medidas judiciais cabíveis, fora a ação criminal contra o autor.

A polícia também vai investigar se o vídeo foi feito por motivação política.
 




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