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Líderes em pesquisas ao Estado minimizam embates diretos entre eles e priorizam ataques via nanicos

Doria e França duelam apenas uma vez; Rodrigo Tavares vira muleta

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
03/10/2018 | 01:20
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Três primeiros colocados na corrida ao governo do Estado em pesquisas de intenções de voto, João Doria (PSDB), Márcio França (PSB) e Paulo Skaf (MDB) minimizaram embates diretos e utilizaram postulantes nanicos para atacar seus desafetos em debate realizado na noite de ontem na TV Globo. Além deles, participaram do embate Luiz Marinho (PT), Lisete Arelaro (Psol), Rodrigo Tavares (PRTB) e Marcelo Candido (PDT).

Com duas chances de chamar seus adversários diretos para debater ideias e propostas, João Doria escolheu o Rodrigo Tavares – em ambas as oportunidades – para falar de suas saídas para os problemas do Estado. Tavares aliás, virou muleta dos candidatos, que elencaram o postulante como opção para não entrar em embate direto. O público vaiou a estratégica.

Doria também protagonizou os maiores momentos de tensão no debate. Uma das raras vezes de confronto cara a cara, França chamou Doria para debater Segurança. O socialista citou frase atribuída ao tucano sobre defesa da letalidade da polícia – Doria teria dito que daria carta branca para a PM (Polícia Militar) matar. “Nunca disse isso, Márcio França, e você sabe disso. Falei que a PM tem que defender a população e, entre um bandido morto e um cidadão morto, eu prefiro um bandido morto”, afirmou Doria.

França declarou que a campanha de Doria não é real. “Tudo que você faz na campanha parece marketing”. Nesse momento, Doria interrompeu França, que acabou discutindo com o tucano. “Você não manda nas pessoas, Doria. Você acha que as pessoas têm que falar aquilo que você pensa ou você reclama.”

Incomodado, Doria comentou que França era líder do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Você é de esquerda, Márcio. Fez parte dos conselhos reunidos por Lula. Aliás, eu adoraria saber quais conselhos você dava para o prisioneiro Lula.”

Mas a tática mais utilizada foi a de ataques via candidatos de menor expressão. Doria e Marcelo Candido acabaram discutindo utilizando outros postulantes que faziam parte do debate. Doria acusou o pedetista de ter todas as suas contas reprovadas enquanto foi prefeito de Suzano durante oito anos. “Você tem condenação à prisão em primeira instância, não tinha nem que estar participando das eleições para governador”, disparou Doria, enquanto respondia para Lisete.

Marcelo Candido por sua vez, utilizou o tempo em que debatia com Marinho e também respondeu a Doria. “Enquanto você foi presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), desviou seis milhões de cruzados e propôs que turistas visitassem a seca nordestina como opção de turismo, uma coisa absurda.”

Skaf e França também ficaram frente a frente, debatendo Segurança Pública, mas evitaram alfinetadas públicas no debate. 




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