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Grande ABC não tem posto de desarmamento
Elaine Granconato
02/06/2011 | 06:19
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DGABC/Arquivo


Lançada há quase um mês pelo governo federal, a Campanha Nacional do Desarmamento não possui, até agora, posto de coleta de armas de fogo e munições no Grande ABC. O cidadão da região é obrigado a se deslocar até a Superintendência Regional da Polícia Federal de São Paulo, na Lapa, ou na delegacia do órgão que funciona dentro do Aeroporto Internacional de Congonhas.

A conduta vai na contramão do propagado pelo Ministério da Justiça de diminuir, neste ano, a burocracia para entrega do armamento, além de ampliar os locais de arrecadação. Por dois dias, a equipe do Diário buscou informações junto às prefeituras, delegacias seccionais, governo federal, Secretaria do Estado de Segurança Pública e Polícia Federal. O desencontro de informações foi geral.

O próprio Ministério da Justiça, responsável pela campanha nacional, se perdeu nas afirmações. Na terça-feira informou que eram postos de coleta de armas de fogo na região “as guardas municipais”. Ontem, acrescentou que “as guardas municipais receberão as armas em breve”.

Das sete cidades, Diadema foi única a solicitar a instalação de posto de recolhimento de armas. A Prefeitura informou que aguarda o retorno dos ofícios enviados ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra. A assessoria do ministério não confirmou ontem se recebeu o pedido.

Entre 2004 e 2005, Diadema foi a primeira cidade brasileira a celebrar convênio com a Polícia Federal, quando o governo lançou a campanha. Cerca de 1.600 armas foram entregues. Na segunda edição, o município arrecadou 88 armas, que foram encaminhadas ao depósito de armamento da regional da Polícia Federal na Capital.

Dias atrás, o ministro assinou portaria que prevê o recebimento de armas em unidades do Departamento da Polícia Rodoviária Federal. O documento também estende o credenciamento de órgãos de segurança pública da União, dos Estados e municípios interessados em participar da campanha.

Em notas, as prefeituras de Santo André e São Bernardo disseram que pretendem aderir à campanha com postos na cidade. Mauá informou que “não recebeu nenhum documento sobre a Guarda Civil Municipal virar posto de recebimento”. Ribeirão Pires afirmou que “não houve proposta sobre a campanha”. E São Caetano, que “não foi notificada pelo Ministério da Justiça”. Rio Grande não respondeu.

Aqueles que entregarem as armas receberão recibo para a indenização – R$ 100, R$ 200 e R$ 300, conforme o tipo. A campanha vai até o dia 31 de dezembro.




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