``A Asean está em dificuldades, seis dos países membros da organizaçao enfrentam uma instabilidade interna ou uma incerteza política - Indonésia, Filipinas, Malásia, Birmânia e Laos -, enquanto o Vietna já tem uma imagem de bom aluno da Asean', declarou de maneira anônima um diplomata asiático creditado em Hanói.
O Vietna, que ocupa atualmente a presidência rotativa da Asean, que agrupa Birmânia, Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietna, ou seja, os dez países da regiao, ``pode desempenhar um papel determinante, lançando iniciativas em nome da organizaçao', disse.
A opçao do presidente norte-americano de ir ao Vietna em sua última viagem ao estrangeiro antes de terminar sua presidência ``deve incentivar Hanói a desempenhar um papel construtivo nos assuntos regionais', destacou por sua parte um especialista nas relaçoes entre Estados Unidos e Vietna.
``Bill Clinton dirá aos dirigentes vietnamitas que têm muito a ganhar ao estender sua cooperaçao regional e sua visita dará ao Vietna uma nova perspectiva na conduçao de suas relaçoes internacionais', destacou o professor Carl Thayer, do Instituto de estudos da segurança no Sudeste da Asia, com sede no Havaí.
O Vietna pode também tentar aproveitar seu novo perfil internacional para reforçar seu papel ante Pequim, que continua sendo o principal interlocutor da Asean.
Se as relaçoes entre Hanói e Pequim foram descritas recentemente pelo primeiro-ministro vietnamita Phm Van Jai como ``melhores que nunca', uma rivalidade continua vigente entre os dois vizinhos no cenário regional.
O presidente chinês Jiang Zemin acaba de fazer uma visita ao Laos e irá esta semana ao Camboja para reforçar a influencia de Pequim na regiao.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.