Terceiro colocado na disputa pela Prefeitura de São Caetano e sem mandato a partir do ano que vem, o vereador Fabio Palacio (PR) começa a asfaltar projeto político visando às eleições de 2018. O parlamentar nega qualquer definição sobre o assunto, mas vê sua votação do dia 2 de outubro – teve 19.291 sufrágios – render frutos para o próximo pleito.

Palacio também vislumbra herdar espaço deixado por atuais deputados estaduais de seu grupo político que foram eleitos prefeitos neste ano, como o parlamentar paulista Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, podendo tornar-se um dos principais nomes a suceder o tucano. Outro quadro da região que deixará a Assembleia Legislativa a partir do ano que vem é Atila Jacomussi (PSB), eleito prefeito em Mauá no segundo turno.

“Estou muito feliz com o resultado da eleição (em São Caetano). Nós trabalhamos para vencer, mas mesmo com uma campanha menor que a do Paulo (Pinheiro, PMDB, atual prefeito, que perdeu a reeleição) e de (José) Auricchio (Júnior, prefeito eleito, PSDB), tivemos uma votação muito positiva”, frisou o republicano, que avaliou ser “cedo” para decidir seu futuro político. “Tudo no seu tempo. A gente acabou de sair de um processo e é necessário um período de maturação para, então, a gente pensar num caminho correto para 2018”, despistou.

O histórico eleitoral de candidatos a deputado por São Caetano não é dos melhores. O último representante da cidade na Assembleia foi Marquinho Tortorello (ex-PPS, hoje PTB), eleito pela primeira vez em 1998 e reeleito em 2002. Hoje o filho do prefeito Luiz Tortorello (morto em 2004) amarga ostracismo político. No cenário federal, o retrospecto é mais pessimista: o último deputado federal eleito pela cidade foi Jair Meneguelli (PT), em 1998.

Por conta desse cenário, a estratégia é tentar lançar candidatura regional, com apoios de figuras do Grande ABC, o que ajuda a extrapolar o eleitorado de São Caetano, hoje de 128.454 pessoas.

CARGOS
Próximo de Morando e do prefeito eleito em Santo André, Paulo Serra (PSDB), Palacio é cotado para assumir cargo no secretariado dos tucanos, o que ele também afasta qualquer decisão sobre o assunto. Ventila-se ainda a possibilidade de o republicano integrar o Consórcio Intermunicipal. Tudo vai depender da movimentação pró-Morando, nos bastidores, para alçar o tucano ao comando do colegiado de prefeitos a partir do próximo ano. Atual mandatário do órgão, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), faz lobby para garantir o chefe do Executivo de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), ao posto.