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Várzea tem goleiro-artilheiro

Atacante Marquinhos, do Águias de Nova Gerte, vai para o gol, defende pênaltis e garante título

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
04/12/2015 | 07:00
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Divulgação


O futebol proporciona momentos inusitados e, talvez por isso, é uma das principais paixões dos brasileiros. Seja no profissional ou nos campos da várzea, a qualquer momento pode ocorrer algo inesperado. Foi justamente o que viveu Marcos Paulo, o Marquinhos, atacante do Águias de Nova Gerte, de São Caetano, que virou goleiro e foi o herói na conquista do Campeonato Municipal de Futebol Amador na categoria veterano, no fim de semana.

Na decisão contra o Nacional, Marquinhos atuava normalmente tentando balançar a rede do adversário. No fim do jogo, porém, viu o seu goleiro, Edson, sofrer uma grave lesão no joelho direito e ficar fora de combate. Sem alternativa, pois não havia a possibilidade de substituição, o atacante se ofereceu e virou goleiro.

Após empate por 2 a 2, a decisão foi para os pênaltis, o que elevou a confiança do Nacional, afinal, a missão seria das mais fáceis: converter as cobranças contra um atacante improvisado no gol. Foi então que brilhou a estrela de Marquinhos. Ele defendeu dois chutes e ainda bateu o pênalti decisivo, a exemplo do que fez Fernando Prass na final da Copa do Brasil, e saiu para comemorar o título.

“Quando nosso goleiro se machucou, decidimos ali mesmo, no campo, quem iria para o gol. Como já tinha uma pequena experiência na função, achei que era melhor eu tentar”, lembra Marquinhos, que revelou sua tática para defender as cobranças. “Como não sou goleiro, pensei em esperar as batidas e tentar pegar os pênaltis mal cobrados. Foi assim que defendi o primeiro. No segundo, escolhi o canto e dei uma sorte danada”, reconhece o atacante, 41 anos, que é segurança.

Marcos não se contentou em apenas ajudar o Águias de Nova Gerte com as defesas e se prontificou a fazer a última cobrança da decisão. “Como atacante, tinha de bater, não tinha jeito. Fiz o último gol e saí para o abraço”, comemora o agora goleiro-artilheiro.

Apesar do sucesso que fez na nova função, Marcos disse que não passa por sua cabeça mudar de setor no campo. “De jeito nenhum, sou centroavante mesmo, não tem como mudar. Só se o time precisar”, finaliza.




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