Pré-candidato do PT à Prefeitura de Ribeirão Pires em 2016, o vereador Renato Foresto disse que ainda espera contar com apoio da ex-vereadora Elza da Silva Carlos, a Professora Elzinha, que no domingo se filiou no PCdoB, sigla que tem conversa praticamente selada com o ex-prefeito de Rio Grande da Serra Adler Kiko Teixeira, pré-candidato do PSB em Ribeirão.

Foresto afirmou que foi pego de surpresa com o avanço do diálogo entre PCdoB e Kiko, uma vez que mantinha negociações com dirigentes municipais para engrossar sua candidatura ao Paço. “Tenho conversa aberta com o PCdoB. Se bateram o martelo (no apoio a Kiko) seria novidade para mim. A Professora Elzinha é grande companheira, valorosa, fez excelentes mandatos, com muita luta. As negociações vão até agosto (às vésperas da eleição). Espero contar com apoio deles.”

No domingo, o PCdoB realizou convenções municipais e, no Grande ABC, o tom das reuniões foi de afastamento do PT. Desde o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os comunistas são aliados fiéis ao petismo, mas o apoio quase automático foi revisto pela direção estadual – os dois deputados estaduais comunistas Atila Jacomussi e Leci Brandão têm votado ao lado da bancada de sustentação do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Em Ribeirão Pires, Elzinha chega para presidir o diretório local. Até por orientação da cúpula estadual, o caminho mais próximo é estar ao lado de Kiko, que pela primeira vez concorrerá à Prefeitura de Ribeirão – foi vereador e prefeito em Rio Grande da Serra.

“O Kiko tem problemas na Justiça, ao que me parece é ficha suja da época em que ele foi presidente da Câmara de Rio Grande e por processos quando ele terceirizou a Saúde de lá. Ele tem de correr para resolver essa situação, convencer todos que tem condições jurídicas. Será que conseguirá convencer essas pessoas com quem está conversando?”, indagou Foresto.

Vereador de primeiro mandato, Foresto tentará recuperar o prestígio do PT na cidade. A legenda comandou a Prefeitura por duas vezes, com Maria Inês Soares, entre 1997 e 2004, mas, desde então, nunca mais chegou ao poder. Em 2012, Maria Inês encabeçou a candidatura, mas foi derrotada por Saulo Benevides (PMDB). Também buscaram o Paço pelo PT Jair Diniz e Mário Nunes.