Política Titulo Reunião estadual
PCdoB prioriza Atila em plano de candidato próprio

Em reunião estadual, sigla cita ruptura com PT em S.Paulo e Jundiaí para justificar projeto em Mauá

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
16/06/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Em encontro ontem da executiva paulista, na Capital, o PCdoB elencou projeto de candidatura própria em Mauá, com o deputado estadual Atila Jacomussi, na lista de prioridade ao páreo de 2016, ao lado das cidades de São Paulo, onde a sigla detém o posto de vice, na figura de Nádia Campeão – aliança política que deve ser rompida –, e Jundiaí, comandada pelo comunista Pedro Bigardi, que tentará a reeleição. O cenário favorável a empreitadas pela legenda, diante de considerados “pleitos viáveis”, foi referendado pelo ex-ministro do Esporte e presidente do diretório, deputado federal Orlando Silva.

O dirigente sustentou que dentro do trio de municípios destacados “há condições políticas” de encarar a disputa com “projeto, no mínimo, competitivo”. “Em Mauá, o Atila, por exemplo, é liderança expressiva, com influência na cidade. Temos chances de concorrer com igualdade”, frisou Orlando, um dos articuladores do partido no âmbito nacional. Para frisar a proeminência do plano, o presidente da estadual alegou que o município do Grande ABC entrará em rol “por troca de apoios” que envolverão outras localidades. “Colocaremos Mauá na mesa de acordo para pavimentar construção de alianças. Vamos fazer acordo por adesão em outras cidades em reciprocidade.”

O solo mauaense é chefiado por Donisete Braga (PT). Frente à falta de sinalização comunista de suporte ao projeto de reeleição do petista, em abril, o prefeito exonerou do governo todos os cargos ligados a Atila, então recém-empossado na cadeira da Assembleia Legislativa – ele foi eleito deputado ao angariar 62.856 votos. Em São Paulo, o próprio Orlando é cotado para encabeçar a chapa majoritária após a indicação do PT, do prefeito Fernando Haddad, de que Nádia deve ser alterada na dobrada por Gabriel Chalita (PMDB). Em Jundiaí, o PT é vice, mas também existe indicação de ruptura do acordo à empreitada do ano que vem.

O PCdoB é fiel escudeiro do PT desde o pleito presidencial de 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva venceu o páreo. Em contrapartida, série de denúncias de corrupção, principalmente de desvios na Petrobras envolvendo o petismo, deve provocar debandada de apoiadores já na próxima eleição.

O próprio PT pode sofrer com desfiliações. Há informações de que oito prefeitos petistas tentam migrar para as fileiras comunistas para disputar renovação de mandato.

Coordenador regional, Atila afirmou que há incumbência de reconstrução política, mas evitou falar que sua candidatura esteja concretizada ao citar que não fará “balão de ensaio”. “A definição sairá em meados de novembro. Fato é que Mauá está no primeiro escalão do projeto estadual”, disse, ao salientar que a onda de denúncias contra o PT deixa a legenda “fadada” a perder força. 




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